Esclarecer a dinâmica do Mercado

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jayhem, Flickr, Creative Commons

Com muitos eventos complexos a acontecerem durante o primeiro trimestre, “confuso” é a palavra utilizada pelo ING Investment Management para caraterizar os primeiros três meses do ano. A entidade indica que neste espaço de tempo “a gestão do risco foi um driver mais importante para os investidores, do que por exemplo os fundamentais das economias”.

Uma recuperação mais sincronizada nos mercados desenvolvidos, a época de resultados das empresas, e a turbulência nos mercados emergentes foram, na perspetiva da entidade, os principais acontecimentos que marcaram o primeiro trimestre do ano.

Não são tempos de incerteza

Este contexto, no final do dia, traduziu-se “num desempenho claramente superior para as commodities, num incremento da volatilidade nos mercados de ações desenvolvidos, e numa performance modestamente insuficiente nos ativos dos mercados emergentes”.  Na perspetiva da gestora, a desculpa de que se vivem “tempos de incerteza” está a perder força.

Qualquer que seja o panorama que se viva, no complexo sistema financeiro atual, “estabilidade” é uma palavra inexistente e desconhecida. “Por vezes as dinâmicas de mercado são uma consequência do comportamento do investidor. O mercado acaba por seguir as mudanças de sentimento dos investidores, ou até a predominância de um certo tipo de perfil”.

Reforçar presença das ações

Partindo da convicção de que “os fundamentais não vão ser ignorados indefinidamente”, o ING Investment Management reajustou a sua alocação de ativos de forma a favorecer precisamente as áreas em que sente que o “novo investidor” está mais forte. Ao nível das ações a entidade optou por reforçar a sua posição porque “depois de um período de recuperação, e com as yields da dívida pública a afundarem, as oportunidades voltaram a situar-se ao nível das ações”. Assim, a posição da entidade nestes ativos passou de “pequena” para uma “forte” sobreponderação.

No que diz respeito aos mercados emergentes, a entidade acredita que para além dos planos de estímulo na China, não existem ainda sinais ou notícias que deem uma verdadeira consistência à recuperação da dívida emergente, ou até mesmo dos mercados de ações.