Escandinávia prepara-se para tempos difíceis

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massdistraction, Flickr, Creative Commons

A incipiente recuperação mundial no início do ano foi rodeada por uma crescente incerteza devido ao aumento da tensão geopolítica, dizem os especialistas da Nordea Investments Funds. No seu último relatório, os analistas prevêm que o continente europeu “esteja a começar a sentir alguns arrepios que vêm do oriente e a economia começou, desde a primavera, a dar mostras de alguma debilidade”.

Neste sentido, os países escandinavos continuam a dar sinais de que as suas economias funcionam a diferentes velocidades, mas com o saldo a ser positivo. Isto é confirmado pela previsão de Helge J. Pederson, economista-chefe da Nordea que espera que o “crescimento global da região nórdica aumente de 1,3% este ano para os 2% em 2016”.

Por país

Começando pela economia sueca. “Há determinados aspectos que possuem grande força”, mas alguns estão a decepcionar, como é o caso das exportações que não tiveram o mesmo impulso que a procura interna, ao contrário do esperado". Portanto, consideram que o crescimento do PIB não será marcado pela aceleração. No entanto, indicam que o “aumento do consumo, assim como dos preços da construção são o reflexo das condições financeiras favoráveis usufruídos pelas famílias”.

Já a economia norueguesa, que não só surpreendeu na publicação dos últimos indicadores, a conclusão é a de uma demonstração de grande solidez. Na Nordea advertem que “o crescimento sólido do consumo ajudará a potenciar o crescimento económico geral nos próximos anos, muito embora em 2015 possa existir uma certa debilidade devido ao declínio do investimento em petróleo”.

No caso da Dinamarca, a recuperação económica está a começar a ganhar forma. Trata-se de uma recuperação que se deve também e, em parte, ao consumo privado que tem vindo a avançar de forma gradual. “Prevemos que esta tendência se mantenha intacta nos próximos anos a par do aumento do emprego e do crescimento positivo dos salários reais, que permitirá às famílias aumentar o seu rendimento disponível”, afirmam.

Para a Finlândia, os especialistas da Nordea referem que as “exportações não apresentam sinal de melhoria”, já que “depois de um início do ano prometedor, os pedidos de produção estão a perder um pouco o rumo”. “É possível que o PIB se contraia este ano pelo terceiro ano consecutivo e, devido às sanções da Rússia, não se espera que este indicador apresente uma recuperação modesta até meados de 2015, sugerindo que o país está a um pequeno passo de registar o seu quarto ano de contração.