Entidades nacionais continuam a analisar classes de ativos, regiões e riscos

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anaisacrobat, Flickr, Creative Commons

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IM Gestão de Ativos (Equipa na foto) 

- Quais as vossas perspetivas para o próximo ano (regiões onde estão mais positivos, classes de ativos em que preveem uma maior aposta e quais os principais riscos que anteveem)?

As expectativas de crescimento económico global continuam ténues, sendo no entanto agora mais interessantes nos mercados desenvolvidos do que nos mercados emergentes. Neste contexto, o ciclo económico na UE está claramente mais atrasado do que nos EUA, pelo que se mantêm as expectativas de continuados estímulos da política monetária pelo BCE. Associando estes estímulos ao maior potencial de crescimento dos resultados das empresas europeias, a nossa classe preferida continua a ser ações, com destaque para as ações europeias.

Riscos geopolíticos, crescimento económico mundial em torno dos 3% ou abaixo, início do ciclo de subida das taxas de juro e consequente divergência monetária e continuidade na tendência de queda do preço das matérias-primas, são os principais fatores que poderão abalar a confiança dos investidores em 2016 e aumentar os níveis e volatilidade, em si mesmo um fator de risco que terá de ser gerido face à evolução do mercado. A ausência de estabilização dos mercados emergentes poderá ainda acrescentar alguma incerteza ao panorama geral.

Invest Gestão de Activos, Paulo Monteiro

- Quais as vossas perspetivas para o próximo ano (regiões onde estão mais positivos, classes de ativos em que preveem uma maior aposta e quais os principais riscos que anteveem)?

O crescimento da economia mundial permanecerá moderado, assim como a taxa de inflação. De acordo com as estimativas dos principais organismos oficiais, a economia mundial deverá registar um crescimento de 3,5%, em 2016, em linha com a média dos últimos 25 anos, mas abaixo da média dos últimos 10. Neste contexto de crescimento económico moderado e baixa inflação, os Bancos Centrais manterão políticas monetárias benignas.

Crescimento económico, ainda que moderado, e baixas taxas de juro deverão suportar novos ganhos nos mercados acionistas. As valorizações e as avaliações não são exatamente as mais reconfortantes, sobretudo nos Estados-Unidos, onde o S&P-500 se encontra em máximo histórico e transaciona com um PE de 18,6x (trailing 12 meses), mas as Ações são a única classe de ativos com upside, assim os resultados das empresas cresçam conforme o esperado. Nem todos os mercados acionistas são iguais. Obviamente que a correlação entre eles é elevada, mas uns estão mais atrativos do que outros. É o caso, na nossa opinião, dos mercados europeus, que transacionam, em média, com um Price-toEarnings de 15,6x os resultados esperados para os próximos doze meses (PE Forward 12M), contra os 16,5x do índice norte-americano S&P-500.

Lynx Asset Managers, Rita Neves          

- Quais as vossas perspetivas para o próximo ano (regiões onde estão mais positivos, classes de ativos em que preveem uma maior aposta e quais os principais riscos que anteveem)?

A procura de rendimento, num cenário de crescimento mundial fraco, vai ditar os movimentos entre classe de activos. Preferência por Money Market e Acções vs. Obrigações (Corporate e Governos). A volatilidade deverá aumentar, uma vez que as principais economias EUA, Europa, China encontram-se em fazes de crescimento económico diferentes (madura, retoma, decréscimo) como estas economias se vão comportar é a grande questão. A actuação dos principais Bancos Centrais, mais uma vez, vão estar sobre pressão e vão ser um dos vectores de risco no mercado, ou seja, o tema taxa de juro vai permanecer. Estamos mais positivos para acções, preferencialmente Europa Continental, onde o potencial de crescimento é maior. O tema, Brexit, será outro dos principais riscos em 2016.