Emergentes sobem ao pódio dos fundos mais subscritos

O mês de maio foi um dos que teve tendências menos definidas ao nível dos fundos estrangeiros mais subscritos nas plataformas portuguesas. Os fundos de ações continuam a ocupar maioritariamente os rankings dos produtos mais procurados nas três entidades ouvidas pela Funds People, ao mesmo tempo que os produtos de obrigações também vão ocupando lugar. Ainda assim, há uma novidade que aparece como tendência: a ascensão dos produtos cujo universo de investimento são os países emergentes. 

Ações e obrigações empatadas

Do Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management da entidade, começa por indicar “um empate entre os fundos que investem em ações e obrigações”. Do lado dos fundos de ações há no entanto novidades, que passaram pela procura de alguns países ou regiões emergentes. “Depois das correções do ano passado, algumas bolsas emergentes parecem apresentar melhores rácios de valorização que as suas congéneres desenvolvidas. As novidades são, neste caso, fundos que investem na região do Médio Oriente e Norte de África (Franklin MENA) e outro que investe na Turquia (JPMorgan Turkey Equity)”, diz o especialista. 

Ainda nas ações, e já repetentes, aparecem duas estratégias que têm o seu foco de investimento na Europa. “Geridas pela Alken e pela Schroders, uma aposta na boutique especialista e outra nos dividendos periódicos”, explica Rui Castro Pacheco, que acrescenta ainda outro fundo que investe em ações. “O Fidelity Iberia é procurado por investidores confiantes na recuperação dos mercados da península”. 

Emergentes em ascensão

Também no ActivoBank, o mês de maio foi de novidades no ranking dos mais subscritos. “Assistimos a algumas alterações na postura dos nossos clientes para o mercado”, diz João Graça, da entidade. “Verificámos a entrada no top de subscrições de fundos do médio oriente, Japão e um fundo de obrigações australianas”, refere. Já o número de fundos da Zona Euro “diminuiu comparativamente com o mês anterior, em parte, pelo atraso na adoção de medidas pelo BCE e por alguns receios em torno da diminuição da inflação”, conclui. 

Dívida Emergente preferida

Do Banco BiG, Rui Broega, diretor de investimentos, evidencia também a inclinação para os emergentes, mais concretamente na “preferência por dívida emergente que tem sido cada vez mais um tema de investimento para os nossos clientes”. Nas restantes escolhas os clientes do BiG evidenciaram “preferências muito ecléticas nesta fase do ciclo mas que em termos agregados se traduziram num aumento da exposição a estratégias de acções (maior enfoque na perifieria com os fundos da Fidelity e Schroders) balanceado por uma estratégia que continua a dominar os nossos rankings – Invesco Pan European High Income”. 

Do lado das obrigações, e regressando ao banco Best, destaca-se aquela que foi uma tendência do mês de abril, com a “procura pelos fundos High Yield e flexíveis”. Realça-se a novidade no ranking que passa pelas oportunidades “na recuperação da dívida das instituições financeiras europeias, com o Nordea European Financial Debt”. “Nos fundos High Yield temos um global, Axa Global High Yield Bonds, outro especializado nos EUA, Allianz US High Yield, e um na Europa, Pictet EUR High Yield. A fechar a lista temos o já conhecido Jupiter Dynamic Bond, que continua a demonstrar as suas capacidades na gestão dos vários tipos de dívida”, conclui o especialista. 

TOP TEN DOS FUNDOS ESTRANGEIROS MAIS SUBSCRITOS EM MAIO