Em julho de crescimento nos fundos mobiliários, IMGA reorganiza oferta

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RachelLovesToLaugh, Flickr, Creative Commons

Os OICVM nacionais continuam em rota de crescimento. Em julho de 2019, o valor destes organismos ascendeu aos 11.461,8 milhões de euros de montante gerido, o que soma mais 279,8 milhões de euros face ao registado em junho: contas feitas, trata-se de um crescimento de 2,5%. Para além destas informações, nos seus indicadores mensais dos fundos de investimento mobiliário, a CMVM reporta também um movimento contrário protagonizado pelos organismos de investimento alternativo, que no mês caíram 18,2% para os 509,1 milhões de euros.

O que também continua a ter lugar no mês é a reorganização da oferta das entidades. A CMVM mostra que em julho a IMGA foi a grande protagonista, com uma fusão por incorporação e uma alteração de designação e tipo de produto. O fundo IMGA Acções Europa - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto, foi incorporado no IMGA European Equities - Fundo de Investimento Aberto de Ações, enquanto que o IMGA Extra Tesouraria III – Fundo de Investimento Alternativo Mobiliário passou a ser o IMGA Money Market – Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do Mercado Monetário.

BCP derrapa

No que toca ao investimento protagonizado pelos OICVM, neste mês de verão por excelência, de destacar o declínio protagonizado pelo BCP, que um mês antes era o protagonista de investimento por parte destes veículos. Por via da queda de valor de mercado do título no período, por via de fatores macroeconómicos, o valor investido na ação decresceu 16,3% nas carteiras, passando a valer 14,4 milhões de euros nos OICVM nacionais. A Jerónimo Martins, por seu turno, passou a ocupar o lugar cimeiro de investimento nestes produtos, o que se traduz em 15,6 milhões de euros, com uma subida mensal de 8,2%.

Nos mercados da União Europeia, o protagonismo passa para as mãos da Inditex, que vale nestes veículos 41,5 milhões de euros, tendo alcançado uma variação mensal de 4,4%. Fora da União Europeia, por sua vez, continua a ser a Apple a líder valendo 41,1 milhões de euros nos OICVM nacionais.

Num mês em que o efeito mercado foi claramente abonatório, também na evolução do tipo de ativos em que os OICVM investem isso se reflete. De destacar, por exemplo, a variação de quase 4% no investimento em UPs de fundos, rubrica que ocupa 3.600 milhões de euros nas carteiras, o correspondente a mais de 30% do valor total gerido. 

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