Em busca da Europa nos ETFs mais negociados em fevereiro

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Samuel Ronnqvist, Flickr, Creative Commons

No segundo mês do ano, no ActivoBank, os investidores, como já é habitual continuaram a preferir os  ETFs alavancados. João Graça, da entidade, explica que, ainda assim “pela primeira vez em mais de 6 meses o ETF sobre VIX não lidera a tabela de negociação com os clientes a optarem por investir no DAX para capitalizar na tendência de subida que este tem mantido”. Refere igualmente que “com a espectativa de consolidação através de M&A e crescimento dos resultados, o setor financeiro destacou-se na negociação”.

No caso do Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto, indica que em “fevereiro voltaram a registar-se volumes bastante interessantes em termos de negociação de ETFs”. Nos mais negociados destacam-se as “várias soluções com exposição ao segmento accionista europeu (nomeadamente iShares Euro Stoxx 50, db x-trackers FTSE MIB Index, Lyxor ETF IBEX 35, ComStage ETF PSI20)”. A profissional explica que “ainda que todos estes produtos tenham registado fluxos significativos tanto do lado das compras como vendas, o movimento de valorização de alguns destes índices subjacentes levou a que muitos investidores optassem pelo encaixe de algumas das mais valias obtidas no final do período”. Adicionalmente, refere, “o ETF iShares MSCI Switzerland Capped volta a constar da lista de títulos mais negociados”. Lembra que “em sequência do forte movimento de desvalorização do índice registado após o anúncio do Banco Central da Suíça relativo ao abandono da ligação do franco ao euro, o ETF registou fortes inflows já que muitos investidores reconheceram esse momento como um ponto de entrada interessante”. Com a recuperação do índice suíço, “os investidores aproveitaram para fazer profit taking da entrada estratégica realizada”, com “os fluxos registados neste ETF no mês de Fevereiro a corresponderem sobretudo a outflows”. Por fim, tal como acontece ao nível da subscrição de fundos de investimento, destacam “a procura por produtos com exposição ao segmento High Yield”, já que com este segmento a ser penalizado nos EUA “pela sua alocação ao sector de energia que, por sua vez, foi prejudicado pelo movimento de queda dos preços do petróleo, os investidores começam a vislumbrar algumas  oportunidades neste segmento”.

No caso do Banco Best, a preferência dos investidores ao nível dos ETFs foi para o mercado acionista. Carlos Almeida, diretor de investimentos, refere que essa eleição se concretizou “através do ETF da BlackRock - iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), que investe nas 50 empresas de maior capitalização”. Refere igualmente que “o mercado espanhol e português também registaram maior procura, com o ETF Amundi ETF MSCI Spain UCITS ETF que replica o índice MSCI Spain Index composto pelas 25 empresas mais liquidas do mercado espanhol”, mas também através do “ETF da Comstage - Comstage PSI 20 UCITS ETF que investe nas empresas mais liquidas do mercado português”. Já ao nível do mercado americano, “a escolha dos investidores foi para o índice S&P500 e para o setor biotecnológico e farmacêutico,  através de dois ETFs da BlackRock;  iShares S&P 500 UCITS ETF (dist) EUR e o ETF iShares Nasdaq Biotechnology ETF”.