"É preciso trabalhar na educação dos investidores"

6717604035_6895962e6b
Nniknak, Flickr, Creative Commons

 

Aquiles Mosca, superintendente executivo do Santander Brasil Asset Management e membro do Comitê de Educação de Investidores da ANBIMA, exemplifica a questão da interferência das emoções nas decisões de investimento com a história recente do Brasil. Durante os anos 2000, a grande adesão das pessoas físicas à bolsa de valores ocorreu após a escalada das cotações, pois as pessoas imaginavam que a subida continuaria. Depois da brusca queda ocorrida em 2008, uma grande parcela destas pessoas venderam suas posições, o que foi um péssimo negócio.

Outro exemplo é a expectativa dos investidores de que o mercado de imóveis continue a sua tendência de valorização acentuada, sem considerar que a economia já anda mais devagar, segundo Marco Bonomo, da Behavior Capital Management.

Para reduzir esta miopia é preciso trabalhar na educação dos investidores, conclui Alexsandra Camelo Braga, diretora-executiva de ativos de Terceiros da Caixa Econômica Federal e presidente do Comitê de Educação de Investidores da ANBIMA, que defende o ensino de educação financeira nas escolas. “Apesar de o dinheiro estar no dia a dia, as pessoas não querem tratar da questão. A gente tem que trabalhar isso. As pessoas têm que ter consciência de cuidar do próprio dinheiro”.