E noutras geografias: onde mora a consistência?

8184328696_192d1f4213
Ivan McClellan, Flickr, Creative Commons

No seguimento das notícias publicadas nos últimos dias sobre a consistência a um e três anos nos fundos de ações geridos por casas portuguesas, olhamos agora para o restante universo de fundos desta categoria repartindo pelos destinos de investimento e, inevitavelmente, individualizando os fundos sectoriais.

Os resultados não surpreendem e entre os fundos de ações norte-americanas que, no nosso país são seis geridos um pelo Santander Asset Management, outro pela ESAF, um pela Millennium Gestão de Activos, dois pela BPI Gestão de Activos que diferem na tipo de política de rendimentos - acumulação ou distribuição - e ainda um fundo da Caixagest que adopta ao invés dos restantes um estilo de investimento crescimento.

O líder nos produtos que investem em empresas dos EUA de grande capitalização e num estilo "blend" é o fundo gerido por Diogo Pimentel. O Santander Acções América tem apostado no sector da tecnologia com empresas como a Apple, a Microsoft e a Google a pesarem mais de 11% do portfólio, segundo dados da Morningstar referentes ao final de março. Quanto ao Sharpe Ratio - que nos permite caracterizar o produto como consistente no sua relação risco/retorno, a um ano o valor situa-se nos 1,410 e a três anos em 0,742, superando, em ambos os períodos, os seus peers.

Do outro lado da barricada e padecendo dos efeitos de um início de ano mais cinzento para os mercados emergentes, os fundos que investem além fronteiras europeias ou norte-americanas apresentam, na sua maioria, resultados negativos. Entre os fundos categorizados pela Morningstar como sendo de ações emergentes, aquele que menos sofreu com os ventos contrários que sopram para esta região de investimento foi o da Caixagest. Salienta-se também que no universo de investimento África, as lideranças dividem-se nos dois horizontes temporais em análise: com melhor rácio de Sharpe a um ano aparece o BPI África, gerido por Teresa Pinto Coelho enquanto que a três anos o concorrente da ESAF, ES África ganha com o rácio de 0,017.

 

E os globais?

Os fundos que investem em ações a nível global, sobreponderando determinadas regiões consoante a sua percepção e análise de mercado também apresentam resultados interessantes. Desta forma, entre os fundos de ações globais geridos por casas nacionais, o primeiro lugar, olhando para o rácio de Sharpe a um e três anos, vai para o fundo Millennium Global Equities Selection com um resultado de 1,196 e 0,350, nos respetivos períodos. 

(Análise Funds People a partir de dados cedidos pela Morningstar no final de abril)