… e estes são os nomeados para melhores gestores nas categorias de ações da Morningstar

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Eternos Indicadores, Flickr, Creative Commons

Para além de distinguir as categorias de obrigações e a recém-criada de multiativos e alternativos, a Morningstar repete na nona edição dos Prémios de Melhor Gestor Europeu relativos a ações em duas categorias separadas: ações globais e ações europeias.

O critério para a seleção dos finalistas é o mesmo em todos os casos: a equipa de análise da Morningstar analisa os fundos de base europeia de dados na Morningstar que contem com um Analyst Rating e onde apliquem o princípio dos Cinco Pilares, segundo o qual se estudam os custos do fundo, o tratamento que é dado aos acionistas, a qualidade da gestão, a solidez do processo de investimento e a qualidade da matriz. Pode consultar a lista com todos os nomeados abaixo.

Nomeados para Gestor de Ações Globais do Ano

O primeiro nomeado é Gonzalo Pangaro, pela gestão do T. Rowe Price Emerging Markets Equity, fundo que gere desde 2009. O gestor de origem argentina é um homem da casa: dos seus 24 anos de carreira, dedicou os últimos dez à T. Rowe Price.  Na Morningstar, destacam o forte apoio de uma das maiores equipas de análise dedicadas aos mercados emergentes e a eficiência do gestor na utilização destes recursos.

O modus operandi de Pangaro passa pela identificação de empresas que sejam líderes nas suas indústrias e que apresentem fortes perspetivas de crescimento. Na Morningstar destacam que, como fruto desta seleção, “a sua carteira beneficia de um equilíbrio adequado entre as apostas conservadoras e agressivas, o que ajudou a obter rentabilidades em diversos momentos do mercado”. Também valorizam positivamente que o gestor tenha investido pessoalmente mais de um milhão de dólares do seu bolso na versão norte-americana do fundo, alinhando os seus interesses com os dos investidores.

O segundo nomeado é James Thomson, pela gestão do Rathbone Global Opportunities. Thomson começou a gerir este produto em 2001 e é o seu gestor principal desde 2003. A partir da Morningstar destacam a originalidade do seu foco, porque “centra-se muito mais nas avaliações qualitativas das empresas do que nos filtros quantitativos para a gestão de ideias”. Dito de outra forma, Thomson procura empresas fáceis de entender, que sejam autossuficientes para poder continuar a financiar o seu crescimento e que estejam subestimadas pelo mercado.

Ainda que o gestor tenha uma rede estabelecida de analistas de mercados que o apoiaram com êxito ao longo do tempo, combinando a sua visão com o seu próprio conhecimento das ações, na realidade conta apenas com um analista da empresa. Por isso, na Morningstar afirmam que “Thomson demonstrou ser um especialista na seleção de valores e um gestor de carteira com talento”.

O último gestor nomeado nesta categoria é Terry Smith, fundador da boutique Fundsmith (criada em 2010) e gestor dos seus fundos Fundsmith Equity e Fundsmith Equity Feeder.

O seu enfoque de investimento permite construir uma carteira focada em empresas que considera que têm um negócio de alta qualidade em que se gostaria de investir para toda a vida; o seu foco no longo prazo é tal que a rotação das carteiras é inferior a 5%, estratégia com a qual se mantêm os custos operacionais, ainda assim, baixos.

Na Morningstar sublinham o amplo conhecimento de ações de Smith e comentam que “uma das suas forças é a habilidade para observar as empresas do ponto de vista de um ex-CEO de uma grande empresa”.

Nomeados para Gestor de Ações Europeias do Ano

A Morningstar colocou entre os finalistas Michael Fraikin, Thorsten Paarmann e a equipa de estratégias quantitativas da empresa, pela gestão do Invesco Pan European Structured Equity. Esta equipa da Invesco Asset Management já foi galardoada com o prémio Gestor de Ações Europeias em 2015.

A Morningstar destaca a solidez excecional da equipa que, para além dos seus gestores líderes, é constituída por mais de 40 profissionais com experiência que desenvolvem e aperfeiçoam continuamente as metodologias quantitativas que são empregues no stock picking deste fundo.

“A amplitude e qualidade da experiência da equipa humana é a chave da nossa confiança”, acrescentam a partir da consultora. Consideram-na como uma boa amostra desta qualidade o historial acumulado pela equipa desde a sua fundação em setembro de 2006, assim como o facto destas rentabilidades do Invesco Pan European Structured Equity se encontram entre as melhores da sua categoria, sendo aliás uma das ofertas menos voláteis.

Em 2017, o fundo situou-se no primeiro quintil de rentabilidade, em grande parte graças à seleção de valores. “A consistência dos rendimentos, através de diferentes ciclos de mercado é um testemunho de qualidade do trabalho da equipa neste fundo”, sentenceiam.

Os segundos nomeados são Alice Gaskell e Andreas Zoellinger, responsáveis dos fundos BGF Euro-Markets, BGF European Equity Income e BlackRock Continental Euro Income. A Morningstar afirma que são “um duo de qualidade excecional” e destacam a sua ampla experiência na gestão de mandatos de ações europeias. Gaskell está a cargo do BGF Euro-Markets desde 2003 e Zoellinger cogere desde 2007. Ambos fazem parte da equipa de ações europeias da BlackRock que é dirigida por Nigel Bolton, que a Morningstar define como “um grupo coeso que trabalha em estreita colaboração”.

As estratégias que aplicam os gestores são antagónicas relativamente ao índice, o que lhes proporciona flexibilidade para investir onde encontram valor e construir assim uma carteira concentrada, mas diversificada. Gaskell e Zoellinger procuram empresas com gestão de qualidade, forte posicionamento competitivo, disciplina financeira e catalisadores para uma revalorização a curto prazo por parte do mercado. “A qualidade de execução é exemplar, o que se reflete no historial do BGF Euro-Markets, mas também para os fundos de ações que gerem desde 2011”, sentenceiam.

O último nomeado é Fabio Riccelli, pela gestão do Fidelity Funds - European Dynamic Growth. Riccelli é responsável pelo produto desde 2008; aplica um processo de seleção de valores disciplinado que é capaz de beneficiar a equipa de análise da Fidelity e o sólido grupo de gestores de ações europeias, que foi importante para o sucesso do fundo.

Riccelli seleciona ações individualmente, centrando-se em empresas com taxas de crescimento altas e duradouras. A sua mentalidade paciente e de longo prazo conduz a uma carteira relativamente compacta e muito distintiva, com uma baixa rotação de ativos. Graças a este foco, o gestor foi capaz de gerar um rendimento anualizado de 14,9% em euros desde que está à frente da estratégia e até finais de 2017.