Dolat Capital: “O verdadeiro ponto de inflexão é a vitória presidencial e legislativa de Macron, provocando uma redução significativa do risco político na Europa”

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Refletindo sobre o primeiro trimestre do ano, a sociedade de consultoria para investimento Dolat Capital explica que foi um período marcado pelo “Trump Trade – Long US Equity, Short US Treasuries e Long USD”. No entanto, a incapacidade do presidente norte americano em impor a sua agenda económica preconizada durante a campanha eleitoral, nomeadamente a nível do “quadro fiscal, plano de investimento em infraestruturas e a liberalização do ambiente regulatório”, criou frustração aos  investidores, diminuindo as suas expectativas e originando, por consequência, “taxas de juro de longo prazo (US 10Y) que estão a transacionar num intervalo relativamente estreito (2,13% - 2,63%) e o consequente achatamento da curva de rendimentos (US 2Y – US 10Y).

No espaço europeu, “o BCE continuará com a sua política acomodatícia”, mas o grande “ponto de inflexão é a vitória presidencial e legislativa do improvável Emmanuel Macron”, que provocou uma redução significativa do risco político na Europa, dando início ao “Macron Trade”: “Long Europe Equity, Short Bund, Long EURUSD”.

Ser bottom-up

Neste contexto, a Dolat Capital assume-se com “uma política de seleção de ativos bottom-up, objetivando obter margem de segurança para o investidor”. Relativamente às classes de ativos onde se mostram mais confiantes, a entidade acredita que as melhores oportunidades de investimento no campo das obrigações estão nos países emergentes em hard currency, em alguns países periféricos (Grécia e Portugal em dólares) e em high yeld (Reino Unido). Já no que toca ao mercado acionista, a sociedade aconselha “empresas com baixo endividamento, elevado free cash-flow mas com valorizações atrativas”, como acontece no mercado norte-americano (setor de energia e small caps), na Europa (mid-small caps e setor automóvel) e no Reino Unido (utilities, consumo não cíclico e imobiliário).

Por outro lado, chama ainda atenção para os principais riscos de mercado, como a “eventual desaceleração da economia chinesa e a queda acentuada do preço do petróleo por excesso de oferta”.

Para concluir, no que toca aos produtos que veem como favoráveis para tirar partido deste contexto de mercado, a Dolat Capital indica três ETFs: o DBX MSCI Europe Small Caps (XXSC GY), o iShares Stoxx 600 Auto & Parts (SXAPEX GY) e o SPDR Energy Select Sector (XLE).