Dívida pública representa quase 40% das carteiras das gestoras de patrimónios

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Sean Kenney, Flickr, Creative Commons

O final de abril trouxe uma nova realidade às gestoras de patrimónios: o total dos ativos sob gestão sofreu uma queda muito residual, na ordem de 0,1%, algo que já não acontecia à vários meses. No final do mês passado, os ativos sob gestão ascendiam a mais de 56.721 milhões de euros, menos 55 milhões de euros do que no final do primeiro trimestre de 2015, segundo os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP).

Analisando a evolução das aplicações presentes nas carteiras das gestoras de patrimónios, a rubrica de “dívida pública” foi a única que viu o seu valor reduzido em abril, face ao mês de março. A queda foi de 1,7 pontos percentuais passando a registar mais de 22.029 milhões de euros do total da carteira. Com este valor, a “dívida pública” passou a representar cerca de 38,8% da carteira total.

Os restantes títulos de dívida, nomeadamente corporativa, tiveram um crescimento mensal também bastante residual. Entre março e abril o aumento foi de 14 milhões de euros, o que representa uma subida inferior a 0,1%, para 16.880 milhões de euros.

Fundos mobiliários crescem 5%

Já o investimento realizado pelas gestoras de patrimónios em fundos mobiliários cresceu em praticamente todas as rubricas. A exceção foi nos fundos estrangeiros monetários que caíram menos de 1 ponto percentual. O maior aumento registado foi nos fundos de obrigações estrangeiros, que cresceram 7,4%. Os fundos de ações estrangeiros continuam a ser os produtos mobiliários favoritos, com um valor que supera os 1.655 milhões de euros.

O valor total das aplicações em fundos mobiliários atingia, no final de abril, os 4.244 milhões de euros, com os investimentos no mercado nacional a representar cerca de 20%, ou seja, cerca de 850 milhões de euros.

Divisão da carteira das gestoras de patrimónios

(para aumentar)

Fonte: APFIPP no final de abril