Dívida pública passou a ser a categoria com maior peso nos fundos de pensões em 2018

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A evolução da composição das carteiras dos fundos de pensões em 2018 é um dos tópicos sobre os quais se debruça o último relatório da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF). No documento “Análise de riscos do sector segurador e dos fundos de pensões”, o regulador demonstra aquela que foi a grande dinâmica nos fundos de pensões em 2018. Por via essencialmente da diminuição registada na proporção de ações e FIM dentro das carteiras de fundos de pensões (-2,4% percentuais, em ambos os casos), a categoria de dívida pública expandiu-se 3,1 pontos percentuais.

Nesse sentido, e como visível no gráfico abaixo, a categoria de dívida pública passou a cotar-se como a mais representada (32,4%), posicionando-se 0,2 pontos percentuais acima das classe das ações e FIM, que eram habitualmente as mais representativas.

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No que se refere à verificação das exposições por emitente ou grupo económico, a ASF  escreve que é possível “observar a manutenção de uma elevada proporção de emitentes soberanos e de grupos financeiros a operar em Portugal, que detêm participações no sector segurador e de fundos de pensões”. Concretamente nos fundos de pensões, o regulador indica que “os pesos agregados das principais exposições são mais diminutos, devido ao facto de o soberano português apresentar uma preponderância menos vincada”. Desta forma, as três principais exposições combinam uma representatividade  de cerca de 21%, que sobe para 30% e 39% para, respetivamente, o conjunto das cinco e dez exposições mais recentes mais materiais”.

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No que se refere a aumentos e diminuições em carteira, nos fundos de pensões destaca-se o aumento do peso da exposição à dívida soberana espanhola (+2,7 pontos percentuais). No campo das descidas, estas foram protagonizadas pela dívida italiana, mas também na exposição a instituições bancárias com presença em Portugal.

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