Dívida pública em destaque no volume de ordens recebidas

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HavanaBaby1, Flickr, Creative Commons

O segundo trimestre do ano trouxe mais um crescimento no valor de ordens recebidas por conta de outrem no mercado a contado. A CMVM, nos seus indicadores trimestrais de intermediação financeira, reporta que o valor das ordens recebidas no mercado a contado cresceu 2,1% no trimestre, para os 22.786,3 milhões de euros. Destaque também, nas informações do regulador, para o aumento do número de intermediários financeiros a recepcionar ordens por conta de outrem, um número que subiu para os 39, no segundo trimestre do ano.

No valor das ordens recebidas por valor mobiliário e mercado de execução, o grande destaque do trimestre vai para a dívida pública. Tanto em termos trimestrais, como anuais, as ordens recebidas sobre a dívida pública cresceram, como visível na tabela abaixo. As ordens sobre dívida pública chegaram ao final do 2.º trimestre do ano a valer mais de 13 mil milhões de euros, o que corresponde a quase 60% do valor total das ordens recebidas.

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Fonte: CMVM, 2.º trimestre 2018

No que concerne à quota de mercado das entidades, o destaque nas ordens recebidas em ações vai para o BPI, que a este nível apresenta uma preponderância de mercado de 20%, e uma variação anual positiva de 46,6%. A maior variação anual é contudo protagonizada pelo Credit Suisse (Luxembourg) S.A. (Portugal), que no ano cresceu mais de 328%. Destaque ainda para a consultora de investimento Hawkclaw Capital Advisors que no ano apresenta um crescimento de quase 230% nas ordens recebidas em ações. 

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Fonte: CMVM, 2.º trimestre 2018

No que toca à receção de ordens sobre dívida pública e dívida privada, a entidade líder no acumulado do ano diverge. No primeiro caso é o Banco Carregosa que lidera, com um crescimento anual de quase 45%, enquanto na dívida privada é a Patris Investimentos que mais volume apresenta em ordens, com um crescimento anual próximo dos 49%.

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Fonte: CMVM, 2.º trimestre 2018