Dívida pública aumenta peso na negociação por conta própria

A dívida pública foi o único segmento na carteira de negociação por conta própria cujo peso cresceu no segundo trimestre, em variação trimestral e anual, atingindo um valor de 7,81 mil milhões de euros. Face aos três meses anteriores, este montante representa uma subida de 7,5%, enquanto em termos homólogos o aumento é de 5,1%, mostram os dados sobre intermediação financeira no segundo trimestre, divulgados pela CMVM. Uma evolução que ficou sobretudo a dever-se aos mercados nacionais e à internalização.

A preferência da negociação por conta própria continuou a ir para a dívida privada, apesar do seu peso nas carteiras ter recuado para 55%, de 78% no trimestre anterior, com o valor neste segmento a situar-se, no final de Junho, em 14,8 mil milhões de euros.

Nas acções, apesar da quebra trimestral no valor, em 28,4%, para 4,2 mil milhões de euros, o segmento aumentou o peso na carteira de negociação, para 15,5% (era de 9,1% nos três meses anteriores). Em termos homólogos, o valor registou uma subida de 75,1%, mostra ainda a estatística divulgada pela CMVM.

A carteira dos intermediários financeiros destinou-se sobretudo ao investimento, cujo valor se situou em 87,2 mil milhões de euros no final do segundo trimestre, uma subida trimestral de 2,3% e homóloga de 31,2%, tendo o peso na carteira crescido para 75,6% (era de 56,7% nos três meses anteriores). 

A negociação ocupou o segundo lugar com um montante total de 26,9 mil milhões de euros, a recuar 58,2% na variação trimestral e com uma subida homóloga de 1% (peso de 23,3%) e o ‘market making’  o terceiro, com um valor de 1,19 mil milhões, aumentando 37,8% no trimestre e 380,8% face a igual período do ano passado, tendo contudo um peso residual de 1,0%.