Desafio 2016: os fundos que as casas nacionais nomeiam para o próximo ano

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ẹЯiž, Flickr, Creative Commons

Respondendo a um desafio da Funds People Portugal foram algumas as gestoras nacionais que acederam a apontar qual o fundo doméstico que pode ser a aposta perfeita de um investidor para 2016. Os fundos mistos têm ganho fulgor nos últimos tempos e as casas nacionais refletem precisamente essa mesma preferência no cômpito geral das escolhas que efetuam.

José Miguel Calheiros, do Barclays, refere mesmo que “qualquer fundo diversificado (leia-se misto) adequado à tolerância ao risco e ao horizonte temporal do potencial investidor”, poderá ser a eleição certa para o ano que se avizinha.

 

 

Luís Sancho, da BBVA AM, entende que “apesar de uma menor visibilidade sobre a duração e a intensidade do ciclo económico”, as ações são a classe de ativos que “melhor pode capturar as oportunidades de 2016, num entorno de juros tão baixos e com políticas monetárias por parte dos principais Bancos Centrais a permanecerem no lado acomodatício ainda durante algum tempo”. É neste sentido, que o profissional da entidade recomenda dois produtos da casa que “retiram maior partido desta visão”, e que primam pelo seu ajuste ao perfil de risco do cliente. Aponta por isso o BBVA Global Equity Fund e o BBVA Multi Asset Moderate EUR Fund, por causa do “caráter abrangente destas soluções de investimento”. Destaca que a componente acionista destes fundos “investe em ativos dos mercados acionistas globais, sem restrição em relação a sectores, temática, indústria, capitalização ou área geográfica”.

Na aposta da IMGA para 2016, a entidade apresenta como proposta o IMGA Prestige Moderado, porque se trata de um produto que, “em face do comportamento esperado dos mercados financeiros, conseguirá conciliar e otimizar as perspetivas de rendibilidade e risco mais adaptadas ao perfil dos clientes de retalho em Portugal”. Da entidade referem que a composição da carteira “permite-lhe investir nos mercados acionistas até 66%, tendo assim plena possibilidade de extrair valor neste tipo de ativos, o que combinado com outras classes permitir-lhe-á perspetivar um resultado em 2016 próximo dos 5%, o que supera as diferentes alternativas que se apresentam ou demasiado conservadoras ou com demasiada exposição a risco”. Tendo em conta as necessidades futuras dos investidores, da casa referenciam ainda mais duas propostas no âmbito dos Fundos Poupança Reforma da casa. Elegem os Fundos Poupança Reforma – IMGA Poupança PPR  ou o IMGA Investimento PPR Ações, porque “são outra categoria de produto que, por defeito, farão sempre sentido para o investidor face à incerteza dos rendimentos futuros associados aos sistemas de segurança social tradicionais e porque, sobretudo, são esquemas de investimento que visam o longo prazo, maximizando o poder do efeito da capitalização”.

Da Lynx Asset Managers, Rita Neves, também mostra a preferência por um fundo misto, no caso o Lynx Valor. Um fundo “misto, moderado, gerido por uma equipa dedicada, que conta uma abordagem “Top Down””. A profissional ressalva que a equipa do fundo é uma equipa “disciplinada, que procura traçar um cenário macroeconómico, “desenhar” uma estratégia e implementa-la, seleccionando activos de terceiros, com muito rigor”. O fundo apresenta uma gestão flexível, e procura adaptar-se e acompanhar “facilmente as mudanças macro-económicas e assim distribuir retorno ao investidor, de uma forma consistente, todos os anos”. Rita Neves salienta ainda que “nos últimos três anos o fundo tem um retorno médio de 6,7%, com baixo risco cerca de 5%”.

Da Popular Gestão de Activos, Paulo Gonçalves, também acredita no potencial de um dos fundos mistos da casa. Elege o Popular Global 75 como escolha para 2016 porque embora considere que tem “enviesamento a um perfil de risco mais agressivo”, a sua diversificação em “termos de ativos e em termos geográficos permitir-lhe-á navegar num ambiente de grande volatilidade que se espera que venha a ocorrer ao longo do ano de 2016”.

 

 

 

 

Da Invest Gestão de Activos, Paulo Monteiro, opta pelo AR PPR e justifica essa escolha com vários motivos. Lembra que este é um fundo “misto, com foco na alocação de ativos (dívida pública, crédito e ações)”, e cuja gestão é “dinâmica e flexível”. Aponta ainda a sua diversificação, tanto geográfica, como sectorial, como pontos a favor de um fundo que se tem mostrado o “melhor fundo da sua classe”. Este, relembra o profissional, é um produto classificado como 5 estrelas pela Morningstar.