Dados do Banco de Portugal mostram que os depósitos de particulares nos bancos residentes atingiram, em abril, os 154,3 mil milhões de euros no final de abril, o que reflete a maior taxa de variação anual desde, pelo menos, 2015 (+6%). É um valor recorde que os bancos portugueses têm à sua guarda e que continua a refletir o conservadorismo do aforrador nacional.
Num artigo publicado pela FundsPeople em que era bastante citado o atual relatório Using the 7 habits of successful investors, da Allianz Global Investors, a entidade gestora alertava para o risco desse conservadorismo na alocação das poupanças e recomendava aos investidores que se orientassem a tomada de decisões no sentido da “preservação de capital” em vez da “segurança”. “A segurança muitas vezes é considerada um sinónimo de ausência de flutuações de preços. Nos últimos anos, foram os mercados de valores, em particular, os que nos enviaram por uma montanha-russa. O facto de os investidores quererem evitar as flutuações de preços é mais que compreensível nestas circunstâncias. Não obstante, ao fazê-lo, correm o risco de perder o poder de compra, o que é ainda mais desagradável considerando que o juro pago pelos depósitos é praticamente nulo atualmente”, apontam da gestora.