De olho em 2017: os fundos estrangeiros escolhidos pelas entidades nacionais

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nigelrturner, Flickr, Creative Commons

As previsões das entidades portugueses para o próximo ano no que toca às classes de ativos deixou antever algum positivismo em relação às ações, enquanto que as obrigações aparecem mais associadas a determinados adjetivos como a cautela ou a diversificação.

Nas perspetivas que as gestoras portuguesas referiram para o próximo ano também deixaram sugestões no que toca aos fundos de investimento estrangeiros que poderão “encher as medidas” de certos portefólios. Hoje apresentamos-lhe essas escolhas, divididas por classes de ativos:

Ações

Wealth Management Unit do Millennium BCP e ActivoBank

As duas entidades escolhem, no campo das ações, o mesmo fundo.  Falamos do Schroder ISF Euro Equity, da Schroders, um fundo que arrecada o triplo selo Funds People, sendo por isso preferido dos Analistas, BlockBuster e ainda Consistente. Este tem como objetivo proporcionar crescimento de capital, através do investimento em ações de empresas de países da União Monetária e Económica.

Banco Português de Gestão

Seguindo a lógica do que a entidade referiu nas suas perspetivas para o próximo ano – em que mostra um claro positivismo em relação às ações – aponta o valor que poderá ter o investimento no

Fidelity America Fund, da Fidelity International (fundo Blockbuster e Consistente Funds People). O produto “investe em ações de empresas norte-americanas”, e “historicamente tem um desempenho bom e baixa volatilidade e indicadores de Sharpe e Information positivos”.

Dolat Capital

A proposta da sociedade consultora para investimento de forma a beneficiar do ano de 2017 também ela tira proveito do mercado acionista norte-americano. Não falamos de um fundo, mas sim de um ETF – o iShares ETF Russel 2000, da iShares. Segundo a entidade, esta opção vem no seguimento do valor que encontram nas empresas dos EUA, “especialmente small caps”.

Banco Privado Atlântico Europa

Tendo em conta o positivismo que esta entidade demonstrou no que toca ao mercado acionista, seja nos EUA, na Europa ou nos mercados acionistas”, nas suas perspetivas apontaram o valor de um fundo que preenche esses requisitos. Também destacado pela Funds People, este fundo ostenta três selos: favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente. Falamos do Deutsche Invest I Top Dividend “um fundo agressivo com exposição global, baseado numa estratégia de seleção de empresas com potencial de sustentabilidade e crescimento de dividendos”. Acrescentam que este apresenta “uma excelente relação risco retorno desde o lançamento, com destaque para a gestão do risco nos períodos mais adversos”.

Hawkclaw Capital Advisors

A consultora de investimentos do Porto é outra das entidades que aponta um Exchange Traded Fund como hipótese de investimento em 2017, podendo ser “uma das posições da componente acionista das carteiras”. Falam do ETF Energy Select Sector SPDR, visto estarem positivos em relação a sectores cíclicos nos EUA, e também tendo em conta o cenário que perspetivam de que “o preço do petróleo se manterá suportado em alta durante 2017”.

Obrigações

BlueCrow Capital

No campo das obrigações, a sociedade consultora para investimento aponta também um fundo com selo ABC, e bem conhecido do mercado nacional. O Jupiter Dynamic Bond é escolhido pela entidade por causa do “seu foco global no mercado de obrigações, podendo investir nas mais diversas geografias com uma visão macro”. Recentemente em Portugal, Katharine Dryer, head of investments da Jupiter AM, referia que no atual contexto de mercado estão mais do que nunca focados na “gestão do risco de queda do mercado”.

Banco Privado Atlântico Europa

No campo das obrigações, a entidade, nas suas perspetivas, destacou que “as oportunidades são bastante limitadas”. Tendo em conta essas exigências, da entidade apontam o fundo Legg Mason Western Asset Macro Bond, um Blockbuster Funds People, “que investe nas melhores ideias, e que pretende obter “alfa” independentemente do contexto das taxas de juro”.

ActivoBank

Blockbuster também é o fundo escolhido pela plataforma portuguesa que distribui fundos estrangeiros. O Pictet Absolute Return Fixed Income HR EUR, gerido pela, Pictet Asset Management, é a escolha, sendo um fundo com uma componente flexível. 

Mistos e alternativos

Banco BIC

A equipa de mercado de capitais do Banco BIC, para 2017, escolheu um fundo cuja filosofia de investimento dizem refletir o próprio processo de investimento da entidade. Indicam o Deutsche Concept Kaldemorgen, sob a responsabilidade da Deutsche Asset & Wealth Management (DWS). Do Banco BIC caraterizam-no como um fundo altamente flexível, multiestratégia, que espelha em muitos aspetos a visão e o processo de investimento seguido pela equipa de Mercado de Capitais. Indicam que a gestão do produto “privilegia, tal como nós, a flexibilidade que a liquidez oferece para entrar em momentos de volatilidade elevada, pelo que desde o seu início não é raro encontrar períodos em que manteve níveis de cash superiores a 40% da carteira”.

BlueCrow Capital

Para além do fundo de obrigações já referido, a consultora de investimento refere ainda o fundo Ferox Salar, gerido pela Ferox Capital. Escolhem-no “pelo foco em convertíveis e visão muito específica do gestor na componente destes ativos ligada ao mercado de obrigações”.

Banco Privado Atlântico Europa

O último fundo apontado pela entidade é um fundo misto, Blockbuster Funds People, e pertencente à Amundi. Trata-se do Amundi First Eagle International , “um fundo com um longo histórico de boa performance ajustada pelo risco”. Da entidade nacional destacam que “o gestor soube ultrapassar a maior parte dos obstáculos das últimas 2 décadas (com exceção de 2008), sabendo equilibrar a exposição a ações e obrigações na dose certa”.

ActivoBank

A entidade destacou ainda a escolha de um fundo multiativos, no caso o JPM Global Macro Opportunities Fund, a cargo da J.P.Morgan Asset Management. O fundo tenta atingir uma valorização de capital, através de uma carteira que investe tanto em ações como em obrigações, emitidas ou garantidas por organizações supranacionais, governos, agências governamentais e/ou organismos estabelecidos ou localizados em países desenvolvidos. O fundo ostenta o selo de Blockbuster.