Das bolsas europeias às de todo mundo: embarque na viagem dos fundos de ações preferidos

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Dimitris Papazimouris, Flickr, Creative Commons

Continua muito próximo das duas dezenas o número de fundos estrangeiros que investem em ações e que reúnem as preferências dos investidores do Banco Best, BiG, ActivoBank e da plataforma de fundos do Banco Invest. No mês de agosto, na lista dos produtos mais subscritos, as ações mantiveram-se portanto no trilho de investimento dos clientes de cada uma das entidades referidas.

Contrariamente ao cenário do mês de julho, no agitado mês de agosto os investidores foram mais restritos nas opções feitas, e em voga estiveram essencialmente as estratégias que se viram para um investimento global (sete dos fundos de ações investem globalmente), e para o velho continente (cinco dos fundos de ações investem nas bolsas europeias).

Em terreno europeu a gama é variada

Olhando em primeiro plano para os fundos de ações que se centram na Europa (no quadro abaixo em verde), denota-se uma grande variedade no que toca às empresas para as quais “olham”. A meia de dezena de fundos de ações europeias da lista de mais subscritos investem em grandes capitalizadas, small caps, ou optam por uma capitalização flexível. O UBS (Lux) Equity SICAV - European Opportunity Unconstrained (EUR) P-acc, gerido pela UBS Global AM, mais do que conhecido entre os investidores das plataformas nacionais, investe precisamente em grandes capitalizadas europeias. Segundo as informações online da Morningstar, são as empresas da área de saúde que mais “preenchem” a carteira do produto, mais concretamente quase 22%.

Quando o foco do investimento são as small caps europeias, encontramos dois produtos de casas distintas: o JPMorgan Funds - Europe Small Cap Fund D (acc) – EUR, da J.P. Morgan AM, e o Threadneedle IF Pan Europ Smaller Comp F, gerido pela Threadneedle Investment Services. Muito embora em carteira os fundos não “partilhem” nomes de empresas, em termos sectoriais são dois os sectores que ambas as estratégias privilegiam, segundo a informação online da empresa de análise: o sector industrial e o do consumo cíclico.  Em cada um dos portfólios estes sectores de investimento ocupam conjuntamente quase 50% dos fundos.

No assunto "bolsas do velho continente" há mais dois nomes a apontar. Um deles é o The Jupiter Global Fund - Jupiter European Growth Class L EUR Acc, gerido pela Jupiter AM, que tem como objetivo “obter a valorização do capital numa perspectiva de longo prazo explorando oportunidades especiais de investimento na Europa”. Desta feita, o produto investe flexivelmente ao nível da capitalização bolsista, e é a saúde o sector mais representativo na carteira com um peso de quase 27%. O outro produto com este universo de investimento pertence à Schroders. Falamos do Schroder International Selection Fund European Dividend Maximiser B Dis que tal como o nome indica tem na sua política de investimentos o objetivo de “proporcionar rendimento e crescimento de capital”.

A viagem da volta ao mundo

“Globalmente” a conversa é muito semelhante. Os fundos que investem nas bolsas de todo o mundo também primam pela variedade no que toca à capitalização bolsista das companhias para as quais olham. A UBS Global AM coloca mais um fundo nesta análise, no caso o habituée UBS (Lux) SF Equity (EUR) N Acc, que se centra nas empresas de grande capitalização do mundo. Segundo a ferramenta ‘Morningstar Style Box’ são as companhias com um estilo ‘blend’ as que mais agradam na gestão do fundo. A carteira no final de agosto tinha um grande peso do sector financeiro e da tecnologia, e nas cinco maiores posições do produto estavam outros fundos da casa. Pouco presente nesta análise costuma ser o fundo da AXA IM, AXA R. Global Equity Alpha, que olha igualmente para empresas de grande capitalização. Falamos de um produto que investe em empresas com um estilo ‘value’ e que, na sua carteira, nas posições cimeiras, apresenta nomes como a gigante Apple, a Johnson & Johnson ou a Pfizer. (Na tabela abaixo pode ver quais os restantes fundos de ações que investem globalmente, assinalados a amarelo)

Pontos de interesse (mais do que) compreensíveis

Na lista dos fundos de ações estrangeiros onde os investidores nacionais viram mais interesse importa destacar ainda dois nomes, que primam por universos de investimento muito específicos. Em primeiro lugar o Pictet Japanese Equity Selection, gerido pela Pictet AM, interpõe-se na lista fazendo denotar que a convulsão das bolsas chinesas foi, de facto, benéfica para a entrada no mercado japonês. Igualmente privilegiado foi outro universo de investimento longínquo. A Índia apareceu "na forma" do Goldman Sachs India Equity Portfolio E Acc, gerido pela Goldman Sachs Asset Management.

Fundos de ações mais subscritos nas plataformas nacionais em agosto (ordem alfabética) 

Fundo Gestora Região/Sector
UBS (Lux) SF Equity (EUR) N Acc UBS Global AM  Global
UBS (Lux) Equity SICAV - European Opportunity Unconstrained (EUR) P-acc UBS Global AM  Europa
UBS (Lux) EF Health Care (USD) P Acc UBS Global AM  Saúde
Threadneedle IF Pan Europ Smaller Comp F Threadneedle Investment Services Europa
The Jupiter Global Fund - Jupiter European Growth Class L EUR Acc Jupiter AM  Europa
Schroder International Selection Fund European Dividend Maximiser B Dis Schroders Europa
Pioneer Fund Global Equity Target Income Pioneer Investments Global 
Pictet Security R EUR Pictet AM Global 
Pictet Japanese Equity Selection Pictet AM Japão
Pictet Global Megatrend Selection R EUR Pictet AM Global
MIRABAUD-EQUITIES SPAIN-A€ Mirabaud AM  Espanha 
JPMorgan Funds - Europe Small Cap Fund D (acc) - EUR J.P. Morgan AM  Europa
Goldman Sachs India Equity Portfolio E Acc Goldman Sachs Asset Management Índia
Franklin Biotechnology Discovery N Franklin Templeton Investments Tecnologia
BNY Mellon Long Term Global Equity A BNY Mellon AM  Global
BlackRock World Healthscience Fund BlackRock  Saúde
BGF Global Equity E2 BlackRock  Global 
AXA R. Global Equity Alpha AXA IM Global 
Fonte: BiG, Banco Best, ActivoBank e Banco Invest