Continuam a ser dois os fundos imobiliários abertos de acumulação a “vingar” a um ano

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ChodHound, Flickr Creative Commons

Os últimos tempos não têm sido de grande euforia para os fundos de investimento imobiliário. Os ativos sob gestão têm caído em praticamente todos os meses de 2015, e as rendibilidades também não são as mais favoráveis. Contudo, tal como alguns profissionais relatavam à Funds People recentemente, o futuro pode reservar tempos mais positivos. Por essa altura enumeravam oportunidades como o “um significativo número de imóveis devolutos”, que “terão que integrar o mercado de arrendamento, havendo aqui oportunidades para investimento em fundos imobiliários”.

No que toca aos fundos imobiliários abertos de acumulação, ou seja, os produtos que segundo a APFIPP “não distribuem qualquer tipo de rendimento, reinvestindo automaticamente os rendimentos gerados pelas respectivas carteiras”, há dois nomes que a um ano continuam a dar nas vistas. Os dados da APFIPP de 30 de setembro mostram que dos sete fundos que constituem esta categoria o CA Património Crescente e o Novimovest são os dois produtos resistentes.

CA Património Crescente – Quase 3% de retorno anualizado

O fundo gerido pela Square Asset Management mantém-se firme no que toca aos resultados. A um ano o fundo apresenta um retorno de 2,88%, segundo os dados da Associação, e conta com cerca de 298,1 milhões de euros de ativos sob gestão. O fundo com uma lógica de relógio suíço, como apelidava à Funds People Pedro Coelho, administrador da entidade, chegou mesmo a ser premiado com a menção de melhor portfólio imobiliário nos IPD European Property Investment Awards.

Em carteira, o fundo, no final do nono mês do ano apresentava 18,86% de ativos alocados a instrumentos de liquidez, sendo o produto da sua categoria com maior percentagem nesta rubrica. Saliente-se ainda que este é o sexto maior fundo de investimento imobiliário do mercado nacional.

NovImovest – 0,52% de retorno a um ano

O produto gerido pela Santander Asset Management, segundo a APFIPP, conseguia, no final de setembro, um retorno de 0,52% a um ano. Neste caso, os seus 326,2 milhões de euros de património sob gestão, colocam-no no posto de segundo maior fundo imobiliário do mercado nacional.

Segundo o relatório mensal da APFIPP referente a este segmento de negócio, em setembro, a carteira deste fundo tinha crescido 0,05%, e no portfólio tinha alocada uma percentagem de 0,69% a outros fundos de investimento imobiliário.