Comparação entre o comportamento dos hedge funds offshore versus hedge funds em formato UCITS

Balança
Procsilas Moscas, Flickr, Creative Commons

Os hedge funds offshore oferecem melhores resultados que os hedge funds em formato UCITS? Ou é ao contrário? São as perguntas que fazem muitos investidores interessados neste tipo de estratégias. A International Asset Management, assessora independente e gestora especializada em investimentos alternativos, fez o estudo. A empresa conta com mais de 25 anos de experiência na análise destes produtos.

O primeiro fator detetado no estudo sobre o índice geral é que, desde janeiro de 2008, tendo em conta o conjunto dos índices de hedge funds tanto offshore como em formato UCITS, estes últimos obtiveram uma rentabilidade superior em termos ajustados ao risco. Em termos absolutos, o índice HFRI obteve uma rentabilidade mais elevada, mas com quase o dobro da volatilidade. “É importante recordar que as estratégias que compõem ambos os índices são diferentes, devido às limitações impostas pela normativa UCITS”, recordam Carla García de Leaniz, responsável da entidade na Ibéria, e Matthew Elstrop, head of UCITS.

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Fonte: IAM, novembro de 2017

Uma análise dos hedge funds de ações (principalmente estratégias long/short) oferece um exemplo mais representativo. Em termos de rentabilidade ajustada ao risco, os fundos com formato UCITS superaram os fundos offshore. “É muito provável que este resultado responda ao facto de que a menor volatilidade se traduz num rácio de Sharpe mais elevado, combinado com o efeito da capitalização composta e comissões mais baixas”, explicam.

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Fonte: IAM, novembro de 2017

Os hedge funds event driven offshore superaram de forma consistente os hedge funds event driven com formato UCITS, até em termos ajustados pela volatilidade. “Uma percentagem mais elevada de fundos event driven com formato UCITS seguem estratégias de arbitragem de fusões, o que explica o melhor comportamento relativo na crise financeira”.

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Fonte: IAM, novembro de 2017

O índice macro revela que, em termos relativos por rácio de Sharpe, os fundos UCITS comportaram-se melhor no tempo mas, em termos ajustados pela volatilidade, os fundos offshore geraram rentabilidades mais altas entre 2008 e 2010, o que melhorou as rentabilidades graças ao efeito da capitalização composta. Desde então, as rentabilidades dos fundos com formato UCITS situaram-se ao nível das dos fundos offshore, sobretudo entre 2014 e 2015, ainda que tenha reduzido recentemente”.

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Fonte: IAM, novembro de 2017