Commodities voltam ao “palco” dos ETFs mais negociados

petroleo

No mês de março, a lista de ETFs mais negociados no BiG foi dominada por “produtos que asseguram exposição ao segmento accionista (com maior predominância, em termos geográficos, para a região europeia) ou que têm como objectivo replicar a evolução do preço de determinadas commodities (nomeadamente ouro ou petróleo)”, segundo o que relata a gestora de produto Isabel Soares. No caso dos ETFs que se enfocam nas ações destacam-se “os volumes registados em produtos como iShares FTSE Mib UCITS ETF (que procura acompanhar o desempenho de um índice constituído por 40 das maiores empresas italianas), Amundi ETF Euro Stoxx 50 UCITS (tem como principal objectivo replicar de forma tão aproximada quanto possível a performance do Euro Stoxx 50 index) e iShares Core DAX UCITS ETF”. Estes ETFs, diz a profissional, apresentaram “volumes significativos tanto do lado das compras como das vendas)”. No que toca a produtos que incorporam exposição a commodities, referem-se  “o  db Physical Gold Euro Hedged e SPDR Gold Shares (cujo objectivo de investimento se centra na replicação do preço do ouro) e o United States Oil Fund LP (que assegura exposição à evolução do preço do petróleo)".

João Graça, do ActivoBank, afirma, em primeiro lugar, que na entidade se continua a verificar que “a alavancagem é a principal solução de investimento dos nossos clientes”. “O posicionamento em ETFs demonstra uma preferência em sectores mais defensivos ainda que de forma alavancada com os dois primeiros lugares a serem assegurados pelo setor do ouro, tal como no mês anterior”. Também foi evidente, este mês, “a postura adotada para beneficiar da subida dos setores imobiliário e tecnológico”. De destacar “pela primeira vez em vários meses, que alguns investidores posicionaram-se para um rebound do setor energético”. A nível geográfico “os mercados emergentes, em particular a China recolheram a primazia dos investidores assim como a Alemanha e as Blue Chips nos EUA através do S&P500”.

Do Banco Best, por seu turno, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, também indica que “no mês de março a procura por ETFs que representassem o comportamento do petróleo nos mercados voltou (já em janeiro apareceu neste TOP 5)”. A variação de valor bruto de mercado assumiu maior destaque, “sendo nota disso a entrada do ETF da Powershares DB o do ETF Powershares DB Oil Fund diretamente para líder dos mais negociado”. Contudo, segundo o profissional, importa falar de uma nota muito evidente neste TOP 5 de março, no que toca à diversidade da procura dos investidores: commodities (Petróleo e Metais), Europa e EUA. “O ETF da sociedade gestora iShares BlackRock - o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), perdeu este mês a liderança, mas continua a ser um dos ETFs com maior destaque e procura”, assinala Carlos Alemida. Da plataforma relembram “que este ETF investe nas 50 maiores empresas da zona euro, com incidência nos setores financeiros e industrial e com maior foco em França, Alemanha e Espanha”. No terceiro posto dos ETFs mais negociados posicionou-se “o ETF iShares Core MSCI World UCITS ETF EUR que oferece a possibilidade de investimento direto numa grande diversidade de empresas dos países mais desenvolvidos do mundo”. Novidade, refere, “é o quarto ETF mais negociado em março: o SPDR ® S&P Metals and Mining ETF que visa replicar o desempenho do retorno do índice S&P Metals and Mining Select Industry Index, através de uma estratégia com baixa rotação da carteira, trading preciso e custos baixos”. Por fim, a fechar o TOP 5 esteve “o ETF iShares S&P 500 UCITS ETF (Dist) EUR, que assim continua no TOP 5 onde tem marcado presença em 2016 em virtude do seu objetivo de investimento nas 500 maiores companhias dos EUA e de ter o atrativo adicional de ter distribuição trimestral”.