Chart of the Week - os dois momentos em que o preço de mercado deve interessar aos investidores

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(O Chart of the Week desta semana é da autoria de Emília Vieira, CEO & Chairman da Casa de Investimentos)

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O Gráfico acima mostra 116 anos de retornos reais anualizados de ações, obrigações e bilhetes de tesouro no período 1900-2015 em 21 países, Europa e mundo. 

Extraído do livro "Financial Market History - Reflections on the past for investors today", este gráfico resulta do trabalho de Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton. Segundo os autores, triunfaram os otimistas, os que acreditaram no engenho humano e na sua capacidade produtiva. Enquanto os seres humanos continuarem a encontrar formas produtivas de utilizar recursos, incorporarem avanços tecnológicos e conquistarem ganhos de produtividade, conseguindo produzir cada vez mais com cada vez menos, as empresas continuarão a criar mais riqueza do que qualquer outra classe de ativos, financeiros ou não.

Captura_de_ecra__2018-03-28__a_s_17A maioria dos investidores permite que as cotações de preços diárias lhes digam o que devem fazer. Na verdade, só há dois momentos em que o preço de mercado nos deve interessar: quando cota com um desconto considerável face ao verdadeiro valor - momento em que devemos comprar -, e quando cota o preço a que desejamos vender. Se investir em ações da mesma forma que investe num imóvel ou quando compra uma empresa toda (que não têm uma cotação todos os dias ou todas as semanas) e olhar para a capacidade desse negócio subjacente produzir riqueza, é o valor desse negócio que importa ao verdadeiro investidor inteligente. Esse valor depende do que o negócio produz ao longo do tempo. Conforme o gráfico demonstra, grande parte dos negócios americanos consegue produzir cerca de 10% ao ano, ou seja, 6,4% acima da inflação.

Por isto é que, na Casa de Investimentos, privilegiamos o investimento na classe de ativos que melhor remunera o capital e que, a longo prazo, é também a mais segura, as ações.