Além dos tradicionais produtos para a reforma, o Estado também concorre no segmento de captação de poupança através dos Certificados de Reforma. Estes produtos podem ser subscritos através da Segurança Social e destinam-se “à concretização dos objetivos do Regime Público de Capitalização e contêm duas carteiras autónomas, sendo a carteira da fase de acumulação destinada à maximização do valor capitalizado das contribuições dos aderentes”, segundo se lê na política de investimento do produto.
Mensalmente, a Segurança Social faz a atualização do produto, e no update de março é possível ver que o valor de mercado ultrapassava os 40,3 milhões de euros em meados do mês, data em que ocorre cada atualização. Desta forma, nos últimos doze meses o valor aumentou em mais de 8,2%, o que em termos monetários, pressupõe um crescimento superior a três milhões de euros.
Em termos de valorização dos ativos, nos últimos doze meses a valorização média anual é de 1,84%, que se transformam em 2,18% nos últimos 36 meses. Desde o início - em 2008 - que estes produtos geram uma rendibilidade anualizada de 3,41%.
Dívida representa três quartos da carteira
Analisando os ativos que compõem a carteira, o grande destaque vai para a dívida dos países que fazem parte da OCDE, excepto Portugal. Na data da atualização do produto, estes ativos representavam praticamente 50% do total da carteira. A segunda maior fatia vai para a dívida pública portuguesa com uma quota de 25% do total, seguindo-se as ações com cerca de 23% do portefólio.
Evolução do valor de mercado nos últimos doze meses
Fonte: Segurança Social