Capitalização bolsista: segmento acionista interrompe tendência de queda em janeiro

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siebenundsiebzig, flickr, Creative Commons

Numa análise ao mercado de capitais portugueses, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou os dados relativos ao mês de janeiro. Neste período, um dos valores que salta à vista está relacionado com o segmento acionista, que pela primeira vez desde setembro, registou subidas. Esse crescimento foi na ordem dos 6,3% face a dezembro, tendo também registado uma subida significativa em relação ao período homólogo de 2017 (30,1%), fixando-se nos 161.462,0 milhões de euros.

O segmento obrigacionista, mantendo a tendência verificada nos últimos meses, voltou a crescer, totalizando 133.643,0 milhões de euros, resultado de uma subida de 3,2% face a dezembro e 22,5% face a janeiro de 2017. Em termos gerais, a capitalização bolsista da Euronext Lisbon totalizou 298.750,1 milhões de euros, mais 14.257,4 milhões (5,0%) do que no mês anterior e mais 26,3% do que no período homólogo.

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Fonte: CMVM, janeiro de 2018

O índice PSI-20 cresceu 5,1% face a dezembro e 26,6% em comparação o mesmo período do ano passado, tendo-se fixado nos 5.663,44 pontos, tendo o BCP (19,20%), a Galp (10,98%) e a Jerónimo Martins (10,63%) sido os emitentes com maior representatividade no índice. Contrariamente ao que aconteceu no mês passado, a volatilidade cresceu em janeiro, com 10,7%, o que significa, contudo, uma queda de 13,04% face ao mesmo período de 2017.

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Fonte: CMVM, janeiro de 2018

As transações sobre obrigações do tesouro continuam a crescer, tendo em janeiro registado 8502 milhões de euros e um aumento de 110,0% face a dezembro e de 227,3% em relação a janeiro do ano passado. Já as transações sobre bilhetes do tesouro recuperam terreno (depois de uma queda de -57,1% em dezembro), tendo em janeiro englobado 3709,5 milhões e crescido 95,9%. No entanto, olhando para o panorama face a janeiro de 2017, a evolução é negativa (-24,9%).

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Fonte: CMVM, janeiro de 2018

Já quando observamos o mercado a prazo, os futuros registaram uma queda substancial face ao mês passado, na ordem dos -99,1%. Isto acontece porque em dezembro as transações tinham sido na ordem dos 171,4 milhões de euros e em janeiro foram de 1,6 milhões. Também face ao período homólogo do ano passado, a queda é significativa, de -90,5%. 

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Fonte: CMVM, janeiro de 2018