Caixagest, duas direcções diferentes definem a gestão de investimentos mobiliários

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Por um lado a Direcção de Investimentos Directos (DID) cuja responsabilidade passa pela selecção de títulos nas várias classes de activos e nas quais investem directamente em mercados financeiros europeus: tesouraria, taxa de juro, crédito, acções nacionais e acções europeias. Esta direcção é constituída por 18 especialistas em selecção de títulos em cada uma das classes de activos e inclui, ainda, uma área focada na alocação de activos. Esta é “responsável pela definição do posicionamento de alocação de activos nas carteiras, nas várias classes de activos em que as carteiras investem”, segundo comenta Luis Martins, administrador da Caixagest, à Funds People Portugal.

Por outro lado a Direcção de Soluções de Investimento e Institucionais que se ocupa da gestão global de carteiras dos vários tipos de clientes: Pensões, Seguros, Fundos Investimento Mobiliários, Patrimónios. A esta cabe, também, a selecção de gestores externos para investimentos alternativos e não alternativos. Esta equipa é composta por 12 elementos e é “a última responsável pelas carteiras globais geridas na Caixa Gestão de Activos, incorporando na sua gestão as visões de alocação de activos da casa, conjugadas com as realidades de cada perfil de risco / retorno das carteiras geridas, e procedendo á atribuição de mandatos de gestão internamente (às Áreas especialistas da DID) e / ou externamente (aos gestores pré-seleccionados), para obter a exposição desejada em cada classe de activos, com o perfil de risco activo desejado em cada momento para a carteira global e para as carteiras de selecção de títulos em cada classe de activos”, refere Luis Martins.

Quanto aos rumos de gestão definidos por estas duas Direcções, o administrador Luis Martins fala em combinação de uma visão global e detalhada “por forma a alcançar um resultado equilibrado e atractivo entre rendibilidade e risco incorrido”. A visão global, top-down, é oriunda do trabalho de alocação de activos, definindo o posicionamento das carteiras nas várias classes de activos passíveis de investimento. A visão detalhada, bottom-up, é levada a cabo pelas Equipas especialistas (internas ou externas) em cada classe de activos, no sentido de construir carteiras adaptadas a cada conjuntura, mas sempre com níveis de tracking error (risco de gestão activa) pré-definidos e activamente geridos.

Luis Martins aponta, ainda, os maiores riscos que se colocam à gestão de fundos nos dias de hoje em Portugal e na Europa: “Os riscos, na vertente de investimento centram-se hoje no desenrolar da situação europeia, em especial, no curto prazo, da situação grega, mas também portuguesa, espanhola e italiana. As evoluções futuras possíveis, com características muito binárias e de elevada incerteza, determinarão fortes impactos nas várias classes de activos europeias, bem como na sua moeda”.