Bruxelas dá luz verde à integração da Amundi e da Pioneer Investments

2845864968_bc1735e51a
leoplus. Fickr. Creative Commons

A operação de integração entre a Amundi e a Pioneer Investments já tem o selo de aprovação de Bruxelas. A Comissão Europeia deu luz verde à Unicredit para a venda da sua gestora de ativos à Amundi, por entender que a operação não coloca problemas de concorrência no mercado comunitário ao estar enquadrada dentro de um sector em que existe uma importante concorrência. De facto, a Comissão examinou a operação com um procedimento simplificado, que emprega quando se estudam casos que envolvem menor complexidade. A operação de integração está a ser rápida. Desde o momento em que foi anunciada a operação de compra por parte da Amundi, que resulta numa valorização da Pioneer Investments em 3.545 milhões de euros, até hoje, passaram apenas três meses.

A empresa francesa tem três objetivos com esta operação. Em primeiro lugar, reforçar a liderança em mercados europeus chave. Em segundo, impulsionar a liderança da Amundi nas redes de distribuição ao retalho. E, em terceiro e último, expandir a sua base de clientes institucionais. Trata-se de uma operação de aquisição que, segundo Yves Perrier, CEO da Amundi, na prática não será tratada como tal. “A integração com a Pioneer Investments não se fará como uma aquisição, mas sim como uma fusão. Criámos um comité diretivo para supervisionar isso mesmo”, assegura o responsável máximo da Amundi. Esse comité é copresidido por Giordano Lombardo, CEO e diretor de investimentos da Pioneer Investiments, e por ele próprio.

Esse comité diretivo é constituído pelos trabalhadores da Amundi e da Pioneer e as decisões serão tomadas “seguindo critérios de eficiência e justiça”, afirma. Perrier tem mantido reuniões com 100 gestores tanto da Amundi como da Pioneer Investments, em que os classifica como “ativos para a empresa”. Aos ativos de capital humano que são as equipas da Amundi e da Pioneer há que juntar o património de ambas as entidades, o que eleva os ativos de Amundi até aos 1,3 biliões de euros e torna a entidade resultante na oitava maior gestora do mundo.