Brasil: A estratégia de dois produtos “vitoriosos” do BTG Pactual

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betinho_had, Flickr, Creative Commons

Como já lhe dissemos aqui, os fundos Multimercados não enfrentam a sua melhor fase. As últimas informações divulgadas pela ANBIMA referentes ao passado mês de maio confirmam isso mesmo:  a categoria já soma um resgate líquido de 20,8 mil milhões de euros, no ano de 2014.

Apesar da má performance destes fundos, no universo da categoria há no entanto exceções à regra. O fundo Polo Norte, do qual já lhe fizemos referência, é um deles, mas não é o único. Também o BTG Pactual apresenta dois produtos que se conseguem destacar com rendimentos superiores ao juro do CDI (certificado de depósito interbancário).

O BTG Pactual Global Crédito Privado acumula uma rendibilidade de 10,38% em 2014 até dia 19 de junho, o que equivale a 222% do CDI. O BTG Pactual Hedge Plus rende 6,04%, ou seja 129% do CDI. Ambos os fundos apresentam parte dos seus recursos aplicados no estrangeiro, mas tirando esta semelhança, os dois produtos diferem na sua estratégia. Joao Scandiuzzi, estratega-chefe da área de asset management da entidade, explicou à publicação brasileira Arena do Pavini algumas dessas diferenças.

Estar em vários mercados

O fundo Global dirige-se a investidores superqualificados, com uma aplicação mínima de 1 milhão de reais e encontra-se atualmente fechado para captações. Joao Scandiuzzi explica que o produto procura oportunidades em vários mercados. “Na América Latina temos ações com foco no Brasil e, agora, um pouco mais no México”, refere, dizendo que “essa gestão regional e local é feita pela equipe do BTG aqui no Brasil”. Em Nova York, por outro lado, é feito o investimento no comportamento da curva de juros dos EUA. Já em Londres, procuram-se as oportunidades em ações ao nível global.

Enfoque nas melhores ações

O Hedge Plus carateriza-se por ser um fundo multimercado de maior risco, que concentra a maioria das suas estratégias no Brasil.  “Aplicamos 20% no exterior, no Global Emerging Markets, como o outro fundo”, refere. A restante parcela de 80% do portfólio é aplicada na bolsa, mas com estratégias que não se prendem com a performance dos índices. “A equipe escolhe 8 a 10 melhores ações num universo de 100 papéis que, em um ou dois anos, vão ter bons resultados”, elucida Scandiuzzi.