Bradesco Asset Management perspetiva sobre depreciação cambial no Brasil

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edshigaki1, Flickr, Creative Commons

Num relatório informativo do mês de janeiro, a Bradesco Asset Management aborda os efeitos da depreciação cambial no saldo comercial do Brasil. A primeira questão do documento assinado por Fernando Honorato Barbosa, Economista-chefe da gestora, assenta precisamente em perceber em que medida a depreciação recente da taxa de câmbio se poderá traduzir em melhores resultados para a balança comercial.

Os modelos estatísticos de decomposição do saldo comercial indicam que uma depreciação do câmbio real afecta as importações”, pode ler-se no documento, que recorda os episódios de depreciação cambial do ano de 1999 e no período entre 2001 e 2003, que confirmam essa relação. Nesses períodos, no entanto, as exportações no país só apresentaram um desempenho robusto “quando o crescimento mundial e os preços externos se fortaleceram”. Desta forma, a Bradesco Asset Management confirma que “há algum efeito do câmbio nas exportações em 1999 e em 2001-2003, mas que perde muito em importância para o efeito do PIB mundial”.  

No que diz respeito aos sectores, a gestora refere que “há importantes destaques nos últimos episódios de depreciação cambial que são ilustrativos dos grupos mais sensíveis a um choque no câmbio”. Em termos de categorias de uso das importações, o maior impacto, segundo a entidade, aconteceu ao nível dos bens de consumo duráveis. Nas exportações, por outro lado, a expansão aconteceu ao nível da indústria. (ver gráfico abaixo)