De acordo com o comunicado de resultados do banco foram registadas imparidades "em Portugal de 534,4 milhões de euros e imparidades "para perdas estimadas e resultados associados à operação na Grécia no montante de 502,2 milhões de euros".
Os depósitos dos clientes cresceram 5,5% entre Janeiro e Junho deste ano, face ao mesmo período de 2011, para 47.974 milhões de euros, enquanto o crédito a clientes recuou na mesma percentagem, para 70.317 milhões de euros. O rácio de transformação melhorou, passando de 154% em Junho do ano passado, para 138%, sendo o "objectivo atingir um rácio de crédito sobre depósitos de 120% até 2014".
O produto bancário ficou praticamente inalterado, passando de 1.268,7 milhões de euros, para 1.269,2 milhões, pressionado pelos "custos das operações de 'liability management', pelas taxas de juro de mercado e pelo custo da garantia do Estado, e beneficiado pelos resultados em operações financeiras", que ascenderam a 325,3 milhões de euros (contra 24 milhões no primeiro semestre e 2011), que compensaram a descida na margem financeira. Esta situou-se, entre Janeiro e Junho deste ano, em 592,9 milhões de euros, uma descida de 26,6% face aos 807,7 milhões, "influenciada pelos efeitos de volume de negócios e taxa de juro desfavoráveis".
Comissões relacionadas com mercados caem 24%
Quanto às comissões líquidas houve um decréscimo de 13,6% para 346,6 milhões de euros, devido a uma queda nas do negócio bancário, -1,7% para 331 milhões - e nas relacionadas com os mercados financeiros, que recuaram 24% para 49,1 milhões de euros. Estas comissões estiveram "condicionadas pela persistência de um contexto de incerteza nos mercados de capitais, afectando adversamente a actividade de gestão de investimentos financeiros".
No segmento de gestão de activos, as comissões recuaram 18,3% para 21 milhões de euros, enquanto nas operações sobre títulos, a descida no primeiro semestre foi de 27,8%, para 28 milhões de euros, segundo o comunicado de resultados do banco.