Bankinter Gestão de Ativos: "A diversificação por diferentes classes de ativos e áreas geográficas permite minimizar a volatilidade da rendibilidade da carteira"

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Como é que o vosso método de gestão de carteiras se diferencia dos demais?

A nossa filosofia de gestão de carteiras assenta em 3 princípios basilares de que não abdicamos e que são imagem de marca da equipa Bankinter Gestão de Ativos ao longo dos últimos anos:

  1. Um horizonte temporal de investimento de médio/longo prazo: por norma, os portfolios multi-ativos que gerimos têm uma perspetiva de investimento superior a 5 anos, período mínimo de tempo que consideramos necessário para beneficiar do potencial de retorno das diferentes classes de ativos, ao longo de um ciclo económico/monetário completo.
  2. Lógica “time in the market” vs “market timing”: para que a carteira possa beneficiar do potencial do retorno potencial das ações, obrigações e outros ativos financeiros, é condição crítica que esteja permanentemente investida, de acordo com perfil de risco  da carteira e com a nossa visão de investimento para cada classe de ativos. Não acreditamos que seja possível antecipar corretamente todas as subidas e descidas dos mercados no curto prazo, comprando e vendendo todo o portfolio de forma sistemática. A escolha desta estratégia leva, por um lado, a custos de transação muito significativos e, por outro lado, a um elevado custo de oportunidade de ficar de fora do mercado, situação bem patente nos últimos 40 anos dos mercados de ações e obrigações.
     
  3. Investimos de forma diversificada: dado que não temos nenhuma bola de cristal que nos permita antecipar, com total certeza, qual a classe de ativos que melhor retorno vai proporcionar em determinado ano ou período, a diversificação por diferentes classes de ativos e áreas geográficas é fundamental na nossa metodologia de gestão de carteiras. Permite não só mitigar eventuais erros de avaliação que se cometem ao longo do tempo, como também, e possivelmente mais importante, minimizar a volatilidade da rendibilidade da carteira ao longo do período de investimento, contribuindo para um maior conforto dos nossos clientes.   

Por outro lado, acreditamos no valor da gestão ativa e, por norma, tendemos a investir diretamente em ações e obrigações e a utilizar gestores que partilhem do mesmo princípio e que o tenham demonstrado ao longo do tempo.

Como é que MiFID II se reflete no vosso trabalho e que mudanças implementaram por via da regulação? 

A BKGA, S.A., sendo uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário, está parcialmente sujeita à Diretiva MiFID II, dado que presta também a atividade de intermediação financeira de gestão de carteiras por conta de outrem. Neste âmbito assinalamos como principais impactos previsíveis:

  • O estabelecimento formal de um procedimento de Product Governance específico para a atividade de gestão de carteiras por conta de outrem, que documente a génese do serviço, as suas características e definição/adequação ao mercado alvo.
     
  • A racionalização da utilização dos estudos de investimento (research) produzidos por Banco de Investimento/Brokers, dado que, e salvo raras exceções, todo o research produzido passa a ser considerado "inducement”. Independentemente da decisão final sobre se o custo desse research é assumido ou suportado pelos clientes, a limitação legal à receção do mesmo obrigará a uma seleção apertada dos fornecedores com quem vamos trabalhar, algo que está em processo de conclusão.

A necessidade de compilar e publicar estatísticas anuais relativas à transmissão e/ou execução de ordens, no âmbito da atividade de gestão de carteiras.  

No que respeita à atividade de gestão de OICVMs, o principal impacto, decorrente da MiFID II, ainda que indireto, prende-se com o envio regular de informação sobre os nossos produtos ao comercializador, através do “European MiFID Template”, para que este último possa cumprir com as novas exigências da  MiFID II, no que respeita a informação a disponibilizar ao cliente final.

(Na foto, a equipa de gestão de patrimónios do Bankinter Gestão de Ativos. Em cima da esquerda para a direita: José Miguel Calheiros, David Simões, Nuno Salvador e Miguel Taledo de Sousa. Sentadas: Ana Guimarães, Inês Castanho e Teresa Afonso).