Quais os fundos PPR com melhores rendibilidades nos últimos doze meses?

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Mensalmente, a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – publica a lista dos fundos mais rentáveis a pensar na reforma: a doze meses a cinco anos. E, para ambos os prazos, há dois caminhos possíveis para chegar aos retornos, quer seja através dos Fundos PPR ou dos Fundos de Pensões Abertos. Mesmo sendo fundos direcionados para a reforma, é necessário acompanhar o produto ao longo do tempo, para tentar perceber se leva o caminho 'pensado' por parte do investidor.

Conforme indica a Associação, as rendibilidades são brutas "de impostos e não consideram comissões de subscrição e resgate, bem como outras comissões e encargos eventualmente suportados diretamente pelos participantes, que variam de acordo com as condições estabelecidas no regulamento de gestão de cada Fundo".

De todos os Fundos PPR, com a sociedade gestora a ser associada na APFIPP, aquele que registou melhor performance nos doze meses anteriores ao final de janeiro, foi o Bankinter PPR Acções 55 que é da responsabilidade da Bankinter Gestão de Ativos. No período em questão, a rendibilidade atingiu os 7,6%, com o património a fixar-se em cerca de 7,5 milhões de euros. A ficha do produto revela que o investimento é diversificado "pelos vários tipos de ativos elegíveis, com uma concentração máxima de 55% em acções (por via directa ou indirecta)".

Quarteto de duas entidades

Os restantes quatro fundos presentes na lista, são geridos por duas entidades nacionais. Da SGF surgem os fundos SGF Património Reforma Acções PPR e ainda o PPR SGF Acções Dinâmico. O primeiro registou ganhos de 5,4% no período em questão, com o património sob gestão a fixar-se perto dos dois milhões de euros. "Em condições estáveis de mercado, o fundo terá como base de investimento 45% em obrigações, 40% em ações, 5% em imobiliário e 5% em fundos alternativos, de forma direta ou através de organismos de investimento coletivo", revela a política de investimento presente no prospecto do produto.

Relativamente ao segundo produto da SGF, geria quase um milhão de euros no final do mês passado, com a rendibilidade nos últimos doze meses a fixar-se em 4,3%. Em termos de política de investimento, é muiro semelhante ao produto anteriores.

O top cinco é completo com dois produtos da Futuro. Um deles é o PPR BIG Acções Alpha. É o maior produto de entre os cinco com mais de 24 milhões de euros em património, com a rendibilidade a fixar-se em 5% no período em análise. Em termos de investimento, os "títulos de rendimento fixo" representam entre 40% a 80% da carteira, com os "títulos de rendimento variável" a representarem uma fatia entre os 10% e os 50%. O outro produto é o PPR Geração Activa, que atingiu ganhos de 4,3% com o património a ficar perto dos 5 milhões de euros. Em termos de investimento, tem uma "política arrojada, orientada para a rendibilidade numa perspetiva de longo prazo, sendo destinado a participantes que assumem uma tolerância ao risco elevada", conforme se pode ler no prospecto.

Fora da APIFFP: o melhor fundo PPR nacional

Sem estar "debaixo da asa" da APFIPP, vem o Invest AR PPR que é gerido pela Invest Gestão de Activos. O seu gestor é Paulo Monteiro e no período em análise registou ganhos de 11,6%. Na ficha do produto de janeiro, o gestor revelava que se registou "uma valorização do EUR face ao USD e um aumento do prémio de risco dos países periféricos da zona euro, com Portugal em destaque pela negativa.” Relativamente à Europa, o gestor acredita que a situação política “deverá agora começar a prevalecer nos mercados, sobretudo depois do ritmo da administração Trump abrandar”.

 

Nota: Estes resultados são brutos de impostos e não consideram comissões de subscrição e resgate, bem como outras comissões e encargos eventualmente suportados diretamente pelos participantes, que variam de acordo com as condições estabelecidas no regulamento de gestão de cada Fundo.