Banco Best “abre portas” aos clientes das SCI

RCP
Maximo Garcia

Numa tentativa de se posicionar também como um banco depositário dos ativos dos clientes, o Banco Best começa a dar alguns passos na área de negócio B2B2C. A mais recente novidade neste âmbito prende-se com uma parceria com as sociedades de consultoria para investimento (SCI) nacionais. Em entrevista à Funds People, Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos e responsável pela gestão destas parcerias, começou por explicar o que esteve por detrás desta iniciativa. “Pensámos desenvolver soluções que nos posicionassem como um banco depositário dos ativos dos clientes, mesmo tratando-se de clientes que não são comercialmente geridos por nós”, introduziu.

Tendo em conta que as SCI fazem essencialmente o aconselhamento de investimento dos clientes, o Banco Best quis posicionar-se de forma mais competitiva naquele que é um serviço que as SCI não podem proporcionar: a custódia dos ativos. “Observávamos que alguns clientes destas SCI optavam por soluções no estrangeiro, porque os bancos em Portugal muitas vezes não são competitivos – nem ao nível de preço, nem em termos de oferta”, constata Rui Castro Pacheco.

Preçário competitivo

Neste sentido, a entidade optou por capitalizar nalgumas das suas valências já antigas, aperfeiçoando outros requisitos necessários para dar forma a estas parcerias. “Como podemos ter qualquer tipo de ativo depositado no Banco Best  - decorrente da nossa ligação com muitas gestoras internacionais e com várias bolsas – o que poderia faltar, para estes clientes, seria conseguirmos construir um tipo de preçário que fosse um pouco mais competitivo”, referiu, lembrando que “o custo de servir este tipo de clientes no Best é mais barato, já que não existe um acompanhamento comercial”. Foi, por isso, criado um “preçário mais competitivo”, que no caso dos fundos de investimento, por exemplo, permite aos clientes das SCI terem acesso “a fundos com uma comissão de gestão mais baixa”, sendo pago ao banco uma comissão de custódia. A este nível, o Banco Best pode também “receber ordens em fundos de investimento que não paguem rebates, já que estes clientes estão ao abrigo de contratos de consultoria para investimento”. Neste caso, explica o profissional, apenas é cobrada “um comissão de custódia diretamente ao cliente”.

O leque de produtos que o Best disponibiliza aos clientes das SCI não se fica por aqui. Juntam-se os ETFs, mas também alguns ativos diretos como as ações e as obrigações,  e inclusivamente a plataforma de negociação Best Trading Pro. Também a este nível Rui Castro Pacheco fala de preços mais competitivos e atrativos.

Os três parceiros impulsionadores

O desenvolvimento deste serviço por parte do Banco Best acabou por ser construído a par e passo com três parceiros específicos. “Desenvolvemos este serviço com três parceiros, com os quais definimos o tipo de serviços que iríamos prestar, bem como o preçário a praticar”, elucidou o diretor adjunto de investimentos. Por esta altura, a entidade bancária está portanto a fazer o onboarding dos clientes das sociedades de consultoria para investimento Dolat Capital e Tree Family Office, bem como dos clientes do consultor para investimento independente Pedro Braga da Cruz.

O esforço do Banco Best prende-se agora nas novas parcerias. “Neste momento estamos na fase de “dizer” ao mercado que temos este serviço e, oportunamente, vamos querer alargar o leque de SCIs com as quais trabalhamos”, concluiu.