Ativos sob gestão nos fundos mobiliários em queda

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Phill Monson, Flickr, Creative Commons

Não tem sido tendência exclusiva dos fundos de investimento imobiliário. Também os fundos mobiliários nacionais têm sofrido queda nos seus ativos sob gestão ao longo dos últimos tempos. De acordo com a CMVM, no final de agosto os fundos nacionais tinham, na sua posse, mais de 10.831 milhões de euros. Trata-se do valor mais alto dos últimos três meses, tendo sido apenas nesse período – nos últimos quatro anos – que o valor sob gestão ficou abaixo dos 11 mil milhões de euros.

O valor atingido no final do segundo terço do ano, em comparação com o final do ano passado, sofreu um deslize de quase 10%, com o valor a superar os 1.100 milhões de euros. Face ao final de agosto de 2012 – há quatro anos – a queda é de 5,3% com a diferença a fixar-se em mais de 600 milhões de euros.

Um das causas para este abaixamento nos ativos sob gestão nos fundos mobiliários deriva do número de fundos. Por exemplo, em agosto de 2012 o mercado nacional era composto por 294 fundos de investimento mobiliário, enquanto que no final de agosto passado esse número era de 177 produtos. No total, em quatro anos o número de fundos geridos por entidades nacionais desceu 117.

Que mais pode ter acontecido?

Além da redução no número de fundos mobiliários nacionais, não podemos esquecer que os ativos sob gestão oscilam em resultado de dois factores: a rendibilidade e ainda as captações líquidas dos produtos. Se no primeiro caso é complicado definir as rendibilidades de todos os fundos e a sua contribuição para esta descida nos ativos sob gestão, já no caso das captações líquidas é “mais fácil” quantificar.

Analisando as captações líquidas, através da APFIPP, é possível ver que nos últimos quatro anos os resgates nos fundos mobiliários nacionais sobrepuseram-se às captações em cerca de 1.200 milhões de euros.

Evolução nos ativos sob gestão nos fundos mobiliários

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Fonte: CMVM. Valores em milhões de euros.