As maiores classes de ativos nas carteiras de gestão individual de ativos em 2017

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Publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o relatório trimestral de gestão de ativos permite-nos compreender de que forma terminou o mercado de gestão individual de ativos o ano de 2017.

De acordo com os dados presentes no relatório, face a 2016, o investimento no segmento acionista parece ter perdido terreno para o segmento obrigacionista e de dívida pública, tendo decrescido mais de 3% tanto nos títulos de emitentes nacionais como de emitentes estrangeiros – um decréscimo de 3,2% no caso do primeiro e de 3,6% no caso do segundo.

Por outro lado, o peso do segmento de dívida pública aumentou, em particular de dívida pública estrangeira, com um aumento de 37,5% para 8.044,5 milhões de euros, representando 12,7% do total. A dívida pública nacional, por seu turno, representa quase 30% do total, com um montante total de 18.555,9 milhões de euros – um crescimento de 1,3% face a 2016.

Do lado do segmento obrigacionista, o investimento em obrigações de emitentes estrangeiros cresceu 8,7%, ascendendo a 11.949,6 milhões de euros. Em sentido contrário terminou o investimento em obrigações de emitentes nacionais, que registou um decréscimo de 36,9% face a dezembro de 2016.

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Fonte: CMVM, 31 de dezembro de 2017

Conforme podemos constatar através da tabela acima apresentada, as classes de ativos mais preponderantes nas carteiras de gestão individual de ativos são a dívida pública nacional e as obrigações de emitentes estrangeiros, com um peso conjunto de 48% do total.

Olhar para além do território nacional

No ano passado, enquanto que o mercado nacional registou uma diminuição 3% do montante investido, mercados como Itália, Espanha, Estados Unidos e Hong Kong registaram um aumento superior a 40% face ao ano de 2016. Assim, o peso do investimento no mercado nacional nas carteiras de gestão individual de ativos diminui de 34,7% para 33,2%.

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Fonte: CMVM, 31 de dezembro de 2017