Os fundos lançados pelas entidades nacionais nos últimos três anos

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Photo by Sven Scheuermeier on Unsplash

À medida que caminhamos para o final de 2017, olhemos para o que aconteceu nos últimos três anos na oferta de produtos de investimento por parte das entidades nacionais.

A verdade é que desde 2014 se têm vindo a registar diversos eventos de aquisições e integrações no panorama das sociedades gestoras nacionais. O final do ano de 2014 ficou marcado pela polémica relacionada com o Banco Espírito Santo, que meses mais tarde se passava a chamar Grupo Novo Banco. Por outro lado, o Millennium BCP acordava a venda do segmento de gestão de ativos do banco (Millennium Gestão de Activos) ao Grupo CIMD, operação que ficou concluída no ano seguinte.

De facto, 2015 foi um ano em que se verificou a maior  preponderância de entidades espanholas em território português e na gestão de ativos. Não só por causa da compra  da Millennium Gestão de Activos por parte do Grupo CIMD (passando a denominar-se de IM Gestão de Ativos), mas também por causa do anúncio da compra das operações nacionais do Barclays por parte do Bankinter. O negócio bancário do Banif, por sua vez, é adquirido pelo Santander Totta, embora as unidades de gestão de ativos tenham ficado fora do negócio.

A Banif Gestão de Activos, entidade agora independente de qualquer grupo bancário, mudou o nome para Profile e foi liquidada a totalidade da oferta de fundos de investimento mobiliários. Em 2016, a Bison Capital iniciou o processo de aquisição do Banco de Investimento do Banif e ficou concluída a operação de compra do Barclays por parte do Bankinter. Já em 2017, em fevereiro, o Caixabank anunciou a compra do Banco BPI e mais recentemente adquiriu o segmento de gestão de activos da entidade portuguesa.

Como vimos, estes últimos três anos ficaram marcados por várias mudanças no contexto nacional de entidades gestoras de fundos de investimento. Mas como terá ficado a oferta de veículos de investimento no decorrer deste período? A Funds People divulgará no decorrer dos próximos dias o apanhado dos lançamentos, fusões e liquidações de fundos de investimento mobiliários no período. 

Lançamento de fundos com ligeira tendência

Olhando para o lançamento de fundos no período em análise, é possível verificar a existência de uma tendência, uma vez que grande parte dos produtos lançados entre 2014 e 2017 se inserem na categoria de multiativos e representam a constituição ou o complemento de oferta de produtos perfilados das entidades. Destaque, ainda, para o lançamento de dois produtos focados no mercado ibérico e de um produto com uma temática bastante específica, que tem vindo a ganhar importância nos últimos tempos, o investimento socialmente responsável.

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Fonte: CMVM, 31 de outubro de 2017