"As ações vão continuar a beneficiar da normalização da alocação"

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Gaetan Lee, Flickr Creative Commons

Finalmente a Fed anunciou a tão esperada notícia de início do tapering em janeiro de 2014. E agora, que interpretações se fazem do que pode acontecer daqui para a frente? Qual será o comportamento das classes de ativos no ano que tem início?

No seu último Marketexpress, o ING Investment Management volta a apontar o alvo para as ações como o ativo que arrecada as suas preferências em 2014.  Relembrando que não se deve esquecer que “o cenário macro global continua a ser um factor que suporta o apetite por risco dos investidores”, a entidade afirma que os dados económicos apontam na direção de uma recuperação “gradual” e “sustentável”.

Resistir aos higher risk premiums

Com o sector privado a fazer uma maior desalavancagem nos mercados desenvolvidos, o risco político mais baixo do que nunca nos últimos 5 anos, e a procura a crescer em várias regiões e sectores ao nível global, o ING antecipa “a continuação da gradual normalização nas posições de alocação dos maiores gestores de dinheiro”, sendo precisamente as ações os principais ativos a beneficiar. Com os baixos valores record que as yields das obrigações têm alcançado tanto nos mercados desenvolvidos, como nos mercados emergentes, “será cada vez mais claro para os investidores que os seus rendimentos nas obrigações, que eram relativamente grandes, vão ser quase impossíveis de alcançar daqui para a frente”.

Desta forma, o ING alerta que o problema que se segue pode estar na capacidade dos investidores resistirem à tentação dos prémios de risco mais elevados que podem ser conseguidos nas ações, em comparação com os fixed income securities.

No que diz respeito ao “pós-decisão” da Fed, o ING acredita que a maior volatilidade pode continuar nos próximos tempos, mas ainda assim terá um impacto muito menor do que o sentido em Maio deste ano.