Allfunds Banco ultrapassa os 100.000 milhões em activos intermediados em fundos

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Allfunds Bank, a plataforma de fundos para institucionais que foi criada no ano 2000 com fundos de terceiros do grupo Santander, posicionou-se em apenas treze anos como a maior plataforma europeia de fundos de investimento com um volume intermediado de 100 mil milhões de euros, o que corresponde a cinco vezes a média dos seus concorrentes europeus. A entidade define os seus serviços de fundos sob três pilares: operacional, de informação e análise.

Dirigido desde a sua criação por Juan Alcaraz, CEO do Allfunds Bank, teve na diversificação geográfica e de clientes o segredo do seu sucesso. Começar não foi fácil, especialmente porque coincidiu com a "bolha tecnológica" que provocou uma saída geral de investidores de acções e fundos de investimento. Mas a entrada no capital da Intesa Sanpaolo em 2003, em conjunto com a abertura de escritório no Reino Unido em 2005 e no Luxemburgo em 2007, criaram as bases de uma estratégia internacional que "colheu os melhores frutos" nos últimos 18 meses, período em que o Allfunds Bank duplicou o volume intermediado em fundos alcançando os 100 mil milhões de euros e consolidando-se como líder na Europa do mercado de plataformas de fundos para institucionais. Em 2012, o crescimento de 25 mil milhões representou 10% das captações de fundos de investimento na Europa.  

Actualmente, o banco, propriedade do Santander e Intesa-SanPaolo, tem mais de 380 clientes que operam em 26 países diferentes e que têm acesso a mais de 29.000 fundos de investimento de 450 gestoras.

Dentro da sua estratégia internacional, a plataforma dirigida por Alcaraz tem demonstrado especial interesse em mercados emergentes, o que os levou a abrirem escritórios de representação no Chile em 2009 e no Dubai em 2011. "A América Latina e o Médio Oriente têm se tornado mercados cada vez mais relevantes devido à abertura dos escritórios e crescente desenvolvimento que tiveram" explicou recentemente Alcaraz. Mas a Europa é, na actualidade, o motor do seu crescimento e do mercado e que os pode levar a novo salto patrimonial. Numa entrevista de Fevereiro publicada na revista Fundos People reconheceu o seu interesse em crescer em países como a Alemanha, a França, a Suíça e os Países Nórdicos.

Olhando para o futuro, não descarta analisar outras possibilidades noutros mercados e até mesmo nos Estados Unidos.

A diversificação por activos e clientes tem sido outra das suas chaves de sucesso. Assim, os fundos de obrigações representam ​​ 43% do seu negócio, os de acções 35%; os mistos, cerca de 7%, os monetários, outros 7% e os de outras categorias 6%.

Por clientes, os produtos direccionados a institucionais representam cerca de 50% do seu negócio; os dirigidos a bancas privadas 29%, e para entidades 'retail', 22%.

Para Juan Alcaraz, "não poderíamos ter alcançado este valor (100 mil milhões de euros), sem a ajuda e o apoio dos nossos clientes. O seu apoio motiva-nos a trabalhar mais procurando novos desafios."