A visão do gestor do M&G (Lux) Optimal Income sobre o que está a acontecer e sobre como será a recessão económica

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Richard Woolnough é um dos gestores mais reconhecidos no mercado ibérico graças ao reconhecimento que tem o M&G (Lux) Optimal Income, fundo com Selo FundsPeople 2020 com tripla classificação (Favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente), que se tornou no produto internacional de obrigações flexível com mais ativos na Península Ibérica. Woolnough quis expressar a sua opinião sobre a situação atual que vivem os mercados financeiros e a sua visão acerca do tipo de recessão que, segundo o gestor, enfrentamos e as suas diferenças face às vividas anteriormente.

Para o gestor da M&G Investments, o cenário que temos à nossa frente é muito diferente ao de qualquer experiência passada: “encaramos uma recessão relâmpago em forma de t provocada pelas políticas de confinamento. "Quando terminar a recessão, poderá ter acontecido o maior colapso e também o maior aumento da história no PIB com base semanal e mensal em muitos países”, assegura.

Na sua opinião, o crescimento posterior à recessão voltará à normalidade, mas, em princípio, torna-se pouco provável que alcance os seus níveis prévios. “Isso faz com que este tipo de recessão tenha forma de t: uma drástica queda seguida de um marcado aumento e, finalmente, o regresso ao ciclo económico normal num nível provavelmente inferior, a não ser que a resposta política consiga travar a tendência descendente. Nesse caso voltaríamos aos níveis prévios (pelo que estaríamos perante uma evolução em forma de T e não de t)”.

De acordo com as suas previsões, para as economias mais afetadas, este implicará uma queda e posterior aumento de maiores dimensões ainda que o dano permanente poderá ser maior.

“Esta recessão é diferente. Sabemos porque está a ocorrer, temos uma ideia muito mais clara do que o habitual sobre a sua duração e podemos traçar hipóteses de muito sólidas sobre como acabará. Portanto, os diferentes governos e bancos centrais estão a trabalhar em medidas para poder enfrentar o colapso relâmpago (flash crash) do PIB a curto prazo. Isso permitiu às autoridades atuar de forma audaz, contundente e diferente das intervenções prévias. Este pacote de estímulos sem precedentes provavelmente vai manter-se depois do colapso para garantir que a economia possa situar-se o mais próximo possível dos seus níveis anteriores”, conclui.