A tendência na Europa é clara: menos monetários e mais apetite pelo risco

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@Doug88888, Flickr, Creative Commons

A indústria de fundos na Europa registou em setembro saídas líquidas de 9.200 milhões de euros o que fez com que as entradas líquidas desde do início do ano se reduzissem para os 150.000 milhões, segundo os dados publicado no último relatório da Lipper Thomson Reuters, que inclui os fundos do mercado monetário. Embora o valor mensal não seja positivo, os dados mostram que este comportamento se deve fundamentalmente às fortes saídas do mercado monetário (22.200 milhões de euros), saídas essas que são parcialmente compensadas com as entradas nas ações (13.300 milhões) e nos fundos mistos (3.000 milhões).

Dentro das ações, os fundos de bolsa europeus foram os que mais atraíram a atenção dos investidores, com entradas de 4.700 milhões de euros nesta classe de ativos em setembro. A seguir foram os fundos de ações globais (3.600 milhões) e os produtos de multiativos (2.800 milhões).No lado contrário estão os fundos de ações alemãs que tiveram saídas na ordem dos 1.800 milhões de euros no mês, o mesmo resultado dos fundos de ações dos EUA.

Os números publicados mostram uma grande dispersão por países. Espanha foi o mercado onde aconteceram as maiores captações do mês com 1.400 milhões de euros, seguido de Itália com mil milhões e Suécia com 300 milhões. Segue a tendência observada em agosto, mês em que a Itália atingiu 1.100 mil milhões de euros e Espanha 800 milhões de euros, que liderou o ranking em termos de entradas liquidas. Na outra ponta estava a Alemanha com saídas de 900 mil~hoes de euros (em agosto saíram 1.100 milhões).

De acordo com os dados da Lipper Thomson Reuters, os fundos de ações voltaram às fortes entradas em setembro sendo a classe mais vendidas do ano com 91.600 milhões de euros. A BlackRock foi a entidade que mais captações teve em setembnro com 2.200 milhões de euros. Logo depois vem a J.P.Morgan AM com 1.200 milhões de euros e a Invesco com 800 milhões. No mês anterior a entidade que mais tinha vendido tinha sido a DWS com 1.200 milhões de euros.

As saídas destes ano, a nível europeu, centram-se fundamentalmente nos fundos monetários. Embora agosto tenha sido um mês positivo, com entradas na ordem dos 5.700 milhões de euros, em setembro o valor voltou à tendência observada em 2013, com as saídas a situarem-se nos 11 mil milhões de euros.