Gestores em stand by em 2015

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Christopher.Michel, Flickr, Creative Commons

Analisando mais uma vez o último relatório anual da CMVM referente ao ano de 2015, é possível apontar mais alguns pontos sobre o investimento protagonizado pelos OICVM nacionais, desta vez no que toca à liquidez.

Como se pode verificar no gráfico abaixo, nas carteiras dos OICVM e dos FIA tem-se vindo a verificar um aumento da rubrica liquidez (onde se incluem depósitos à ordem, com pré-aviso e a prazo). Esse aumento, referem, é “menos expressivo do que o registado em 2014”, e ficou a dever-se “sobretudo aos depósitos à ordem nos fundos do mercado monetário”, tendo sido um aumento que “ocorreu em simultâneo com a diminuição das taxas de juro para novos depósitos a prazo”.

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O regulador indica que uma das explicações pode ter que ver com o aumento do afluxo de subscrições líquidas na categoria de fundos monetários, onde entraram mais de 452 milhões de euros. Dizem em concreto que “o elevado afluxo de subscrições líquidas para esta categoria de fundos, num contexto de aumento de preços de muitos ativos financeiros e de diminuição das respetivas taxas internas de rentabilidade, terá condicionado as decisões de investimento dos gestores de fundos que, assim, terão canalizado os novos capitais para depósitos à ordem (os quais, na sua maioria, não são remunerados) pelo menos enquanto não identificam melhores oportunidades de investimento”.

No final de dezembro de 2015, por exemplo, os depósitos a prazo na carteira dos OICVM e dos FIA atingia quase 3,5% das carteiras desses produtos.