A opinião da brasileira Bradesco Asset Management sobre as várias economias

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Flávio Cruvinel Brandão, Flickr, Creative Commons

Na sua última síntese mensal a gestora brasileira Bradesco Asset Management (BRAM) “resume” o mês que terminou, traçando algumas perspetivas para o Brasil, EUA, Zona Euro e ainda Ásia. 

Brasil 

Começando pela parte interna, relativamente à economia canarinha, a gestora destaca que o Comité de Política Monetária (Copom) “irá monitorar a evolução dos dados económicos e ensaia uma parada no ciclo da alta Selic”. No que respeita à inflação a entidade prevê que “a inflação acumulada em 12 meses deverá fechar em 6,5% em abril e seguirá subindo até atingir 6,75% em julho”. Mais concretamente sobre a atividade económica, a entidade escreve que “a economia brasileira segue com uma expansão moderada”. Com os resultados das vendas no varejo (vendas a retalho) e dos demais indicadores de atividade do período, o IBC-Br de fevereiro, indicador do Banco Central que tenta ser uma medida de PIB mensal, cresceu 0,2% na margem e 4,0% na comparação anual. Com estes resultados a Bradesco Asset Management mantém a sua projeção de expansão “de 0,3% para o PIB do primeiro trimestre do ano”. 

EUA 

Após o período de condições climáticas desfavoráveis nos EUA, a gestora acredita que “a recuperação dos indicadores de atividade e emprego reforça a percepção de retomada da economia norte-americana”. É relembrado que o PIB do 1.º trimestre foi precisamente comprometido pelo mau tempo crescendo 0,1% T/T anualizado, contra a perspetiva de crescimento de 1,2%. Para a BRAM, a confirmação de que o país vive um cenário de recuperação “deve fazer com que o FED continue a retirada dos estímulos monetários até o final do ano, e eleve a taxa de juros no final do segundo trimestre de 2015”. A entidade prevê um crescimento de 2,8% e 3,0% para o PIB norte-americano em 2014 e 2015. 

Zona euro 

Ao nível da zona euro destaca-se a recuperação económica que continua o seu caminho. No que concerne à inflação, a gestora brasileira entende que “a inflação baixa pode provocar alguma ação por parte do Banco Central Europeu nos próximos meses”, tendo sido essa a mensagem subentendida no último discurso de Mario Draghi. Para o PIB europeu a BRAM projeta uma expansão de 1,3% e 1,7% em 2014 e 2015. 

Ásia

Na Ásia, dizem, o PIB chinês do 1.º trimestre confirmou a desaceleração  da atividade no período, fazendo o governo adotar mais medidas de incentivo. Estas medidas, não são, no entender da gestora, suficientes para que a sua projeção de crescimento de 7,2% este ano e de 7,0% em 2015 seja alterada.