A Morningstar aumenta a fasquia do seu rating qualitativo Gold, Silver e Bronze

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Rigib, Flickr, Creative Commons

Obter selo de aprovação da Morningstar acabou de se tornar mais difícil. A empresa de análise reforçou os critérios do Analyst Rating, a sua classificação qualitativa que vai desde Gold e Silver a Bronze. A entidade mudou a metodologia subjacente que os analistas seguem, estabelecendo um limite mais alto, e deram mais importância a factores como as comissões. Além disso, as classificações agora também se vão adaptar às classes de ações dos fundos individuais, tendo em conta as diferenças de custos. Isto poderá significar que as classes de ações que incluem o custo de assessoria e distribuição poderão sofrer cortes nas classificações.

As melhorias que Fernando Luque, editor sénior da empresa destaca são:

  • Racionalização da estrutura. Apesar de até agora o marco de avaliação ser cimentado sobre cinco pilares (incluindo pessoas, processo, gestora, performance e preço), este agora foi reduzido para três: pessoas, processo e gestora. “A rentabilidade e o preço deixarão de ser pilares independentes, já que os analistas incorporarão a avaliação da rentabilidade nos pilares e vão expressar o preço de forma diferente”, explica Luque. Os analistas usarão essa avaliação para estimar quanto valor pode acrescentar uma estratégia antes das comissões. Além disso, a escala passa a usar os termos “alto”, “superior à média”, “médio”, “inferior à média” e “baixo”.
  • Maior relevância das comissões. Os analistas agora vão deduzir os gastos de uma estratégia da sua estimativa de quanto valor pode acrescentar antes das comissões. É dar ao preço “o peso que merece” no processo de análise. Ao avaliar os custos em relação ao que um fundo pode oferecer antes das comissões dá-lhes uma ideia do valor que os investidores obterão depois de ter em conta as comissões. “Que é aquilo que importa em última instância”, aponta Luque.
  • Maior exigência para as estratégias ativas. Os analistas vão limitar as classificações às estratégias ativas que possam superar um índice de referência e a média líquida de comissões do grupo comparável e depois de ter em conta o risco. No passado podem ter outorgado estas classificações a estratégias ativas que conseguiam superar um índice ou a média dos seus concorrentes, mas não ambos.
  • Um mapa mais claro para os investidores. Os analistas atribuíram menos medalhas às estratégias ativas nas áreas em que a análise determina que há menos benefícios para o investimento ativo. Essa estimativa de ganhos dará forma às expectativas que serão formada para o sucesso do investimento ativo e investimento passivo nas diferentes áreas.

Outra novidade é que vão ampliar o seu rating quantitativo a fundos não cobertos pelos analistas da Morningstar.

As melhorias nas classificações vão começar a ter efeito a 31 de outubro de 2019. A Morningstar irá lançar o seu conjunto inicial de Analyst Ratings alocados sob a nova metodologia nessa data, e o resto será atualizado gradualmente nos doze meses seguintes. Os ratings quantitativos da Morningstar serão atualizados na sua totalidade a 31 de outubro de 2019.