“A literacia financeira faz parte do ADN do Banco Best”

IMG_0217
Cedida

A última conferência levada a cabo pelo Banco Best, intitulada de “Mercados Financeiros Mundiais em 2015”, levou a Lisboa e ao Porto uma plateia cheia de investidores interessados em perceber os desafios e as oportunidades para o próximo ano.

Além de Carlos Almeida, diretor de investimentos do Banco Best, o painel era composto por Cornelius Luca, especialista americano em análise técnica e ainda por dois representantes do Saxo Bank, que faz parte das estrutura acionista do Banco Best: o seu CIO, Steen Jakobsen e, ainda John Hardy, Head of FX Strategy.

Para Carlos Almeida, estas conferências são muito importantes “para promover a literacia financeira de forma regular. O Banco Best não as faz apenas em Lisboa e no Porto, mas também noutros centros urbanos como é o caso de Faro, Évora, Leiria entre outras cidades. A promoção da literacia financeira faz parte do ADN do Banco Best e procuramos responder às necessidades futuras dos investidores portugueses”. A chamada de alguns especialistas internacionais também pode fazer diferença. “Apesar dos profissionais do Banco Best terem o expertise para estas apresentações a chamada de pessoas externas traz outras experiências e vivências, podendo assim transmitir à audiência outras realidades”, explica.

A interatividade entre painel e investidores também é importante. Carlos Almeida destaca o facto do “Banco Best querer procurar criar hábitos e rotinas juntos dos investidores sobre os mercados financeiros. Não é só fazer apresentações, queremos que haja uma grande interatividade entre todos os participantes”.

“Estes oradores passam o seu dia-a-dia a viajar pelo mundo conhecendo novas realidades e não apenas olhando para os monitores, como é o caso do mercado asiático ou do mercado norte-americano”, continua Carlos Almeida. O responsável destaca, igualmente, a presença de Cornelius Luca e Steen Jakosbsen que “têm o mundo como referência”.

O “triângulo das bermudas” a nível económico

Steen Jakobsen, Chief Economist e CIO do Saxo Bank pensa existir um triângulo económico semelhante ao “triângulo das Bermudas”. Para o especialista da entidade os três factores são os seguintes: fraco crescimento, taxa de desemprego alta e ainda um crescimento recorde nos mercados bolsistas. Sublinha, todavia, que esta simultaneidade de factores poderá não ser uma realidade sustentada durante muito tempo.

O especialista fez notar, ainda, que a taxa de imposto na União Europeia pode subir nos próximos anos se não “houver crescimento económico”. Segundo os cálculos do CIO do Saxo Bank, em 2050 essa taxa poderá atingir os 79,3%, quando em 2010 o valor se situou nos 60,1%. Para o próximo ano, o especialista espera que a “inflação continue baixa no primeiro trimestre”. Sobre os BRIC, Steen Jakobsen afirma que os “países que não efetuarem reformas, podem estar em maus lençóis”; enquanto sobre a China afirma que poderá “crescer 5% os próximos 5 anos”.

Outro dos convidados do Banco Best para esta conferência, Cornelius Luca, deu uma autêntica aula sobre análise técnica. Apresentando diversos pares cambiais e índices, a análise técnica e os seus fundamentais foram o epicentro da conversa.

Já John Hardy, especialista em forex da entidade, deixou algumas ideias para os próximos seis meses. Na sua opinião, os investidores podem estar “longos em dólares nos próximos seis meses ou até mais tempo”. Sobre o iene, Hardy afirma que os investidores devem ”estar curtos neste momento, mas ter algum cuidado, já que o atual movimento pode não se prolongar por muito tempo”.