A importância da estabilização do Yuan para ativos emergentes

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Farhan Perdana (Blek), Flickr, Creative Commons

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Ant_C3_B3nio_SerraOs mercados financeiros têm estado bastante mais calmos nos últimos tempos, com valorizações fortes dos mercados de ações e a volatilidade em valores extremamente baixos. Nos últimos anos, temos tido verões bastante quentes, por isso estamos todos sempre à  procura da próxima fonte de instabilidade, que origine a próxima correção dos mercados. Aparentemente, este ano, o foco da volatilidade não deverá ser a China. Isto porque temos assistido nos últimos meses à  estabilização (e até a uma certa recuperação) das reservas do Banco Central. O facto das saídas de capitais terem estancado tem permitido que o yuan estabilize.

É verdade que a moeda chinesa tem beneficiado com a perda de fôlego do dólar, que as commodities têm caído bastante nos últimos meses e que as taxas de juro têm subido na China. Depois do forte crescimento do primeiro trimestre, o Banco Central da China tem restringido a liquidez, com o intuito de atenuar as oscilações na atividade económica, que continua numa tendência estrutural de abrandamento. No entanto, as restrições de capitais implementadas no último ano têm definitivamente contribuído para que a implementação destas políticas (e os seus impactos) sejam bastante suaves.