A Candriam reabre o Candriam Bonds Credit Opportunities

sema_CC_81foro
My Buffo, Flickr, Creative Commons

A Candriam acaba de anunciar a reabertura de um dos seus produtos estrela: o Candriam Bonds Credit Opportunities. A empresa dirigida por Nabil El Asmar no mercado ibérico está a comunicar aos seus clientes que este fundo de gestão de obrigações alternativo voltará a estar completamente aberto a novas subscrições a partir da próxima segunda-feira, 2 de outubro, depois da estratégia ter estado fechada desde novembro de 2016.

Trata-se de um produto muito relevante no mercado ibérico. O fundo gere 2.000 milhões de euros, dos quais mais de 800 milhões estão neste mercado. Esse reconhecimento está também refletido no facto de ser um dos poucos fundos que em Portugal ostenta o selo Funds People com a tripla classificação: Favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente.

Em que consiste a estratégia?

O Candriam Bonds Credit Opportunities é um produto flexível e global de crédito com uma inclinação para o segmento high yield, que pode investir tanto em dívida com grau de investimento como dívida high yield, a nível global. É gerido por Philippe Noyard e Patrick Zeeni, que procuram aproveitar as oportunidades existentes no crédito corporativo a nível global, mas sem assumir  toda a direccionalidade e riscos de um investimento tradicional em crédito. Para isso, o fundo combina duas carteiras: uma primeira que representa pelo menos 50% da carteira, “a carteira de curto prazo”, com uma duration inferior a dois anos. E outra com uma vertente mais oportunista, onde os gestores podem aplicar estratégias direcionais de alta convicção e com maior duration, assim como estratégias de valor relativo”.

O mais interessante no produto é que ambas as carteiras são combinadas com uma cobertura dinâmica dos tail risks, de tal forma que existe sempre algum tipo de cobertura parcial sobre o risco de cédito, volatilidade ou taxas de juro. Estas coberturas são implementadas em função da visão e do posicionamento da equipa de gestão. De tal forma que, quando o fundo tem uma componente mais direcional, o fundo incorpora mais estratégias de cobertura. Por outro lado, quando o produto está posicionado de forma muito defensiva (ratings de maior qualidade, menor duration,...) porque a equipa tem uma visão muito negativa sobre o mercado de crédito, a necessidade de cobertura diminui.

A três anos o fundo conseguiu gerar uma rentabilidade semelhante à do high yield europeu e superior à do high yield global em euros, mas com metade da volatilidade e com um terço do max drawdown.