A atividade de capital de risco em 2018

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Divulgado recentemente pela CMVM, o Relatório Sobre a Atividade de Capital de Risco de 2018 dá conta de que os ativos sob gestão do setor do capital de risco em Portugal atingiram no final de 2018 os 4,8 mil milhões de euros, mantendo a tendência de crescimento verificada em anos anteriores. Segundo a entidade reguladora, esta evolução ficou a dever-se essencialmente ao aumento do número de fundos (de 95 para 117), uma vez que o valor investido pelas Sociedades de Capital de Risco (SCR) decresceu. 

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As SCR dirigiram os seus investimentos essencialmente para empresas financeiras e de seguros e para o setor da construção, enquanto o valor investido pelos Fundos de Capital de Risco (FCR) foi canalizado sobretudo para as atividades imobiliárias, a indústria transformadora e as atividades de informação e de comunicação. 

Segundo a entidade reguladora as fases de turnaround, expansão e management buy-out concentraram maior valor investido, o que evidencia o já diminuto peso do venture capital relativamente ao investimento em private equity. Quando avaliadas com base no valor de aquisição, apenas uma em cada seis operações produziu mais-valias e cerca de 25,3% registaram menos-valias. Os FCR registaram mais-valias superiores às menos valias, sobretudo na alienação de investimentos em empresas em fase de expansão, enquanto as SCR registaram menos valias superiores às mais-valias, concentradas maioritariamente em empresas na fase de turnaround. 

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Os FCR registaram um total de 1.259 participantes detentores de unidades de participação, mais 463 que no ano anterior, o que está associado ao aumento de 22 fundos. O valor médio por participante caiu relativamente a 2017, para 3,5 milhões de euros. A maioria dos participantes eram residentes (82,5%), sendo a maioria pessoas coletivas. Ainda assim, o peso das pessoas singulares no total de participantes aumentou para 30,0% em 2018.

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