64% da riqueza nacional alocada a ativos não financeiros

guarda-chuva, cor
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O retrato que o Credit Suisse faz da riqueza em termos globais lista algumas conclusões sobre a distribuição de património dos milionários em território nacional, nomeadamente a faixa de riqueza em que se inserem, mas fornece ainda informação relevante quanto à composição da riqueza ao nível dos ativos financeiros. 

Em 2019, dos 154.475 dólares de riqueza bruta por indivíduo, 64%, ou seja, 98.928 dólares estavam alocados a ativos não financeiros. 36%, o correspondente a 55.547 milhões de dólares estavam, por outro lado, investidos no que o relatório Global wealth report designa de Ativos financeiros.

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Comparativamente com um ano antes o cenário não se altera: também em 2018 os ativos não financeiros eram a categoria agregadora da maior parte da riqueza. No entanto, o peso desta categoria, que inclui os ativos imobiliários, cresceu significativamente de um ano para o outro - de 58,9% para 64%.  

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No mesmo documento, a entidade mostra ainda qual a evolução da percentagem da riqueza financeira bruta por país, com Portugal a figurar com 44,5% de ativos líquidos, 28,2% de ações e 27,3% em outros ativos financeiros.  

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Embora não seja revelado neste relatório o nível de detalhe relativamente aos ativos financeiros, cabe recordar dados da EFAMA que indicavam que Portugal detinha 814 mil milhões de euros de ativos financeiros no final de 2017. 47 mil milhões, indicava a Associação Europeia de Fundos e Gestão de Ativos, estavam investidos em fundos de investimento