62% do volume gerido em fundos de pensões fechados pertence a três players

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omninate, Flickr, Creative Commons

Como lembrado recentemente, a Ocidental Pensões continua na liderança em ativos sob gestão, no segmento dos fundos de pensões. A sociedade gestora terminou julho com 5.350 milhões de euros de montante gerido, 35 fundos a seu cargo, o que corresponde a uma quota de mercado de 27,5%.  O que confere esta hegemonia à entidade gestora?

Composição total das carteiras geridas pelas sociedades gestoras de fundos de pensões

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Fonte: APFIPP, 30 de junho 

Numa análise por categorias de fundos, percebe-se que a liderança da Ocidental aparece por via da sua preponderância nos fundos de pensões fechados. 95% do montante global gerido pela entidade corresponde a fundos de pensões fechados, no valor de 5.093 milhões de euros, distribuídos por 27 fundos. O restante valor – muito residual – tem que ver com a oferta da entidade em outros fundos de pensões abertos (227 milhões de euros) e PPR/E (29 milhões de euros).

A segunda entidade com maior volume alocado a fundos de pensões fechados é a CGD Pensões. Com um valor muito inferior à antecessora em número de produtos fechados – 17 -  a entidade gestora tem a seu cargo 3.303 milhões de euros de ativos sob gestão nesta categoria. A BPI Vida e Pensões é a terceira gestora com maior volume sob gestão na categoria de fundos de pensões fechados – 2.375 milhões de euros, distribuídos por 33 fundos. Contas feitas, 62% do volume total alocado a fundos de pensões fechados está concentrado em três players do mercado. Recorde-se que os fundos de pensões fechados são a maior categoria do mercado, com 17,4 mil milhões de euros. 

A categoria de outros fundos abertos é a segunda maior, com 1.470 milhões de euros. A este nível é a BPI Vida e Pensões que maior valor aloca à categoria: a entidade gere 466,4 milhões de euros em outros fundos de pensões abertos, reunidos em 4 produtos. Segue-se a CGD Pensões, com 387,8 milhões de euros, e a Ocidental Pensões, com 227,8 milhões de euros.

Nas duas restantes categorias o destaque vai para a Futuro. A gestora de pensões é a entidade que maior volume sob gestão tem em PPR/E e em PPA. Na primeira categoria a gestora tem a seu cargo 347,1 milhões de euros, enquanto nos PPA era mesmo a única entidade, em junho, a ter um fundo que se insere nesta categoria. Trata-se do PPA Ação Futuro, que no final de junho tinha sob gestão 1,5 milhões de euros. De assinalar que o "esvaziamento" desta categoria resulta da liquidação do NB PPA. Paralelamente, de assinalar também que no universo de fundos mobiliários foi no último ano liquidado o Caixagest  PPA.