2015 começou na mesma linha do ano passado: saída de fundos mais conservadores e realização de mais valias

2015
sahilsajjad, Flickr, Creative Commons

Talvez a máxima de “ano novo, vida nova” não seja a mais apropriada para aplicar aos resgates de fundos estrangeiros nas três plataformas nacionais que distribuem fundos de investimento. No primeiro mês de 2015, os investidores do Banco BiG, Banco Best e ActivoBank começaram o ano a sair, como tem sido hábito, das opções mais conservadoras, mas também a realizar mais valias.

Do Banco Best, Rui Castro Pacheco, head of asset management, salienta que em janeiro “para além do movimento a que já assistimos há vários meses de desinvestimento em fundos de liquidez, tesouraria e obrigações muito conservadoras, registamos algumas saídas de high yield”. Justifica que este movimento “deverá estar relacionado com alguma correção que este tipo de obrigações registaram nos últimos meses, ainda que alguns analistas apontem agora este mercado como “avaliado a valores justos”, o que poderá ser um ponto de entrada atrativo”.

No Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto da entidade, diz que existiram “algumas saídas de produtos de curto prazo”, mas também “movimentos que parecem estar associados a encaixes de mais valias em estratégias mais direccionais”.

Por seu lado, no Activo Bank, João Graça realça que “os fundos ligados à Suíça assumiram o top 3 de resgates”, mas que também “a ação do BCE fez com que muitos clientes optassem por se retirar de fundos de outras geografias”.