2014: um ano desafiante para os EUA

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Michael Matti, Flickr, Creative Commons

No seu Outlook para 2014 com perspetivas em relação à entrada dos EUA no novo ano, a Pioneer Investments mostra-se confiante na melhoria económica do país. “Esperamos que o crescimento do PIB seja próximo de 3%, que o desemprego continue a tendência de queda, e que a inflação continue num nível baixo”, dizem. Tendo em conta este cenário, a entidade acredita que as yields das obrigações vão subir durante o próximo ano, enquanto os seus retornos vão  ser contidos.

No que diz respeito às ações, a Pioneer acredita que o ano que agora entra em vigor vai trazer “retornos posivos”, tendo em conta o modesto crescimento que se espera nos ganhos, e a as baixas avaliações.

Que desafios têm os EUA pela frente?

Estando a economia americana  a viver uma fase de maior consistência, a entidade não entende que existam agora sinais de sobreaquecimento ou, por outro lado, de fraqueza da economia. “A economia parece ter atingido o seu “ponto de açúcar” atualmente”, referem, acrescentando que a questão está em perceber se algo vai pôr em causa essa estabilidade.

Uma das questões referenciadas pela gestora tem a ver com a má implementação da lei “Affordable Care Act”, que vai fazer com que “muitas pessoas percam o seu seguro de saúde no início de 2014”, refere a Pioneer. A entidade alerta para o facto desta situação poder criar receios e, desta forma, prejudicar o consumo interno.

Sendo o próximo ano altura de eleições no país, a Pioneer lembra que ambos os partidos do Congresso já reconheceram a baixa popularidade entre os americanos. Desta forma, a entidade alerta que re-eleição do Congresso vai depender de uma visão bipartidária dos elementos dos dois partidos. “A tónica de bipartidarismo vinda de Washington vai-se tornar, provavelmente, algo negativo muito em breve”, alertam.

A estratégia para 2014

Vemos oportunidades na maioria dos mercados”, diz a Pioneer, que explica que em alguns desses mercados “é necessário usar uma estratégia estritamente focada no stock-picking, com um estilo de análise bottom up, de forma a serem encontrados valores em áreas mais desvaforecidas”. No entanto, a gestora acredita que por outro lado, nalgumas áreas “apenas é preciso “abrir as velas” e seguir a corrente”.

Dentro do mercado americano, a gestora refere que as carteiras de ações são geralmente equilibradas com sectores económicos clicicamente sensíveis. Nas carteiras de obrigações, a entidade diz que continua “curta” e com a qualidade de crédito baixa: “com a economia a fortalecer-se e com a redução de estímulos, preferimos alcançar as yields  assumindo mais  risco de crédito, do que risco da taxa de juro”, dizem.